"O amor, o conhecimento e o trabalho, são fontes de nossas vidas. Deveriam também governá-los". - Wilhelm Reich







terça-feira, 29 de março de 2011

A Série Band Of Brothers


Sei que ando desfocada do propósito do blog, mas ultimamente tenho estado bastante ocupada e dentro do quesito psicologia não tem saído muitas idéias da cabeça.
Mas para não deixar tanto a psicologia fora, estou passando para vocês uma maravilha de série que terminei de assistir a pouco tempo.
E pq não falar de psicologia??Podemos sim! A guerra sempre causa trastornos, loucuras sem limite e agonia para quem suportou o peso absurdo de ter feito parte de combates sem descanso, sem trégua e muito menos sem ter esperança de retornar aos seus lares e famílias vivo ou morto, inteiro ou pela metade.
A guerra nunca foi boa para nenhuma parte no fim das contas quem sai ganhando? O governo? O país? Sim, pq como disse Michael Moore no filme 11 de Setembro, fazendo uma pesquisa entre os ministros, pq não deixam seus filhos se alistarem para defender o país e voltar com seqüelas e temores da guerra? Aguém se prontificou? Bem, assista o filme e saberá.
Mas voltando a série de Tv da HBO que de uns tempos para cá tem se mostrado muito melhor do que qualquer WB, Sony etc.
O que eu não sabia foi que existe um livro, antes da série ter sido feita, comprei o livro graças ao meu amigo vendedor Ruy, da Livraria Guttenberg que sempre aparece com ótimos livros alimentando meu estilo literário e me enchendo de dívidas. rs  E, ao ler partes soltas do livro me deparei com um relato do autor Stephen Ambrose, descobri que este era historiador e expert da 2º guerra, fora que foi vizinho de alguns soldados que sobreviveram e contribuiram para algumas partes do livro. Na série, mostra alguns destes heróis. Fantástico!!

Bem, vamos ao que interessa!
Sinopse:
A Easy Company, 506.º Regimento de Infantaria Pára-Quedista do Exército Norte-Americano, foi uma das melhores companhias de fuzileiros do mundo. Band of Brothers é o relato sobre os homens dessa unidade que combateram, passaram fome, sofreram com o frio e morreram. Uma equipe que teve 150% de baixas e considerava a medalha Purple Heart um distintivo. Baseando-se em horas de entrevistas com sobreviventes, bem como nos diários e nas cartas dos soldados, Stephen Ambrose conta a história desse notável grupo, que sempre recebia as missões mais difíceis, sendo responsável por tudo, do salto de pára-quedas na França nas primeiras horas da manhã do Dia D à captura do Ninho da Águia, a fortaleza de Hitler em Berchtesgaden. De seu rigoroso treinamento na Geórgia, em 1942, ao Dia D e à vitória dos Aliados, Ambrose teceu uma narrativa primorosa, com riqueza de detalhes, sobre as características dos soldados de infantaria de elite, transcrevendo no decorrer da obra as próprias palavras e depoimentos dos combatentes, o que dá mais veracidade à trama.


Crítica:
Produzida por Steven Spielberg e Tom Hanks (que tb produziram The Pacific), Band of Brothers mostrou em 10 episódios a história real dos soldados do primeiro esquadrão de para-quedistas da história do exército americano, que saltou na Normandia no Dia D (tb tem o livro do Stephen) e lutou contra os nazistas na Europa até o fim da II Guerra Mundial. Tudo pontuado por depoimentos dos veteranos sobreviventes reais (embora só seja relevado quem é quem no episódio final).

Uma minissérie que prima pela perfeição técnica, superior até mesmo à grande maioria dos filmes de grande orçamento sobre o tema. A gente se sente dentro da guerra. E não apenas pela riqueza na direção de arte, que recriou a Normandia devastada, cidades holandesas destruídas e até o Ninho da Águia, residência de verão do Hitler. Não apenas nas imagens impressionantes do salto de pára-quedas que acompanhamos na visão do Winters. No sentimos dentro da guerra porque todo o roteiro, direção e elenco nos levavam a fazer parte daquele grupo de homens que só tinham a si mesmos para confiar naquele situação extrema.
Nós rimos com as palhaçadas de Bill Guarnere e George Luz. Respeitamos a liderança e serenidade de Dick Winters ou do Sargento Lipton. Vibramos com o capitão louco e machão Speirs (interpretado por Matthew Settle bem diferente do que conhecemos de Gossip Girl). Viramos amigos de Shifty, Malarkey, Buck, Bull, e vários outros. E claro, sofremos muito quando vimos vários deles morrerem ou perderem membros sob o horror dos ataques a uma floresta belga.
Band of Brothers carrega tanta força para nos absorver naquele mundo, que fomos capazes logo de cara a odiar o Ross de Friends! Ok, na verdade não era o Ross, e sim o David Schwimmer como o isuportável Tenente Sobel, mas vale lembrar que Friends ainda estava no ar na época que o livro foi feito e a série estava no ar (2001), e não era fácil detestar o cara. E conseguiram.
A minissérie, tanto pelo seu orçamento quanto pela sua produção impecável, estabeleceu um novo parâmetro para produções voltadas para a TV. Se hoje em dia muito do que é feito na televisão tem o mesmo nível de exigência técnica e artística de grandes filmes de Hollywood, as obras da HBO têm grande parte da “culpa”. E Band of Brothers é o ápice disso.
Afinal, se Band of Brothers fosse um filme, seria o melhor filme de guerra de todos os tempos. E em um gênero que já nos brindou com Patton, A Ponte do Rio Kwai, O Resgate do Soldado Ryan, Platoon e Nascido Para Matar, isso não é pouca coisa. Aproveitem que o Box anda baratinho e vejam. Não conheço ninguém que tenha achado a minissérie menos que magnífica.

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