"O amor, o conhecimento e o trabalho, são fontes de nossas vidas. Deveriam também governá-los". - Wilhelm Reich







quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Como Explicar a Morte às Crianças


Como falar-lhes de algo que não conhecemos. Como falar de algo que não conhecemos? Como falar da morte para as crianças? O que é morrer? Não interessa que sejamos crianças para que façamos essas perguntas uma vez ou outra. E se a dúvida persistir para os adultos, imagine para os mais pequeninos do casal. É difícil explicar o inexplicável. Mas isso não tira a importância do tema. Por volta dos 4 anos de idade, muitas crianças farão essas perguntas aos seus pais. O que iremos dizer?
A morte é um tema delicado e devemos escolher bem as palavras para não afetar a criança, e falar de acordo com a idade que tenham. O que as crianças devem saber a respeito da morte? Além das crenças religiosas que cada família deve transmitir, existem verdades, compartilhadas com todos, e que não podem deixar de dizê-las. Por exemplo:

O que é morrer?

Morrer é terminar de viver. As explicações como “se foi”, “está no céu”, ou “desapareceu”, “o perdemos”, não são tranquilizantes se não se explica claramente que na verdade se trata do final de uma vida.

Você vai morrer? E eu? Quando?

Não devemos enganá-las dizendo: “quando a gente estiver velhinho”. Sabemos que, lamentavelmente não é sempre assim: bebês morrem, crianças, jovens, adultos e velhos. Morremos quando a vida acaba. Tudo o que nasce, morre. Até aproximadamente os 6 anos de idade, as crianças se angustiam com o tema da morte. Falarão com naturalidade, e depois de obter a resposta que buscavam, continuarão com seu almoço, seus jogos, ou seu filme. Nós, os adultos, é que nos angustiamos. Como notamos os exemplos citados, as crianças precisam saber que o corpo sem vida fica no cemitério, onde se localizam as tumbas e num lugar está escrito o nome, sobrenome, data de nascimento e de falecimento da pessoa que morreu. Ali se pode recordar. A morte torna-se uma inquietude a todas as crianças e em todo o ser humano.

O que acontece com os mortos?

Alguns falarão da alma (devemos tomar cuidado com as expressões afim de que a criança não a busque em um lugar físico e concreto, temendo sua aparição). Outra maneira de responder poderia ser: “ficam as fotos, as recordações, tudo o que nós e aqueles que o conheceram, vivenciamos com ele, ficam as imagens dos momentos compartilhados junto a ele e fica a marca que deixou em nossas vidas”.
Antes de terminar é importante atentar que quando as crianças não fazem perguntas sobre a morte de um ser querido, não significa que não as tenham. Eles percebem que formulá-las abertamente provocaria angústia e incômodo nos adultos. Se não se falar sobre isso, aparecem sintomas (físicos e psíquicos) de diferente gravidade.
A verdade pode ser triste, mas ignorá-la, pode adoecer.

domingo, 24 de outubro de 2010

Livros Interessantes




Alguns livros para refletir, descontrair, se divertir e como se não bastasse, estudar!
Boa Leitura!

1- Os desafios da Terapia.
Autor: Irvin D. Yalom
Editora: Ediouro

2- O Homem e a Serpente: outras histórias para a loucura e a psiquiatria.
Autor: Paulo Amarante
Editora: Editora Fiocruz

3- O Planeta Eu: Conversando Sobre Sexo
Autoras: LILIANA IACOCCA & MICHELE IACOCCA
Editora: Ática

4- A Parte Obscura de Nós Mesmos : uma História dos Perversos
Autora: Elisabeth Roudinesco
Editora: Jorge Zahar

5- Escute, Zé-Ninguém
Autor: Wilhelm Reich
Editora: Martins Fontes

6- O Lobo Mau no Divã
Autora: Laura James
Editora: Best Seller

7- A Arte de Amar
Autor: Erich Fromm
Editora: Itatiaia

8- Por que os Homens Fazem Sexo e as Mulheres Fazem Amor?
9- Por que os Homens mentem a as Mulheres Choram?
10- Linguagem Corporal
11- Desvendando os Segredos da Atração Sexual.
12- Como Conquistar as Pessoas.
Autores: Allan Pease & Barbara Pease
Editora: Sextante

13- Homens são de Marte, Mulheres são de Vênus.
Autor: John Gray
Editora: Rocco
14- A Função do Orgasmo.
Autor: Wilhelm Reich
Editora: Brasiliense

15- O Que é Sexo?
Autor:Lynn Margulis
Editora: Jorge Zahar



sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A História do Dia do Professor.


Primeiramente gostaria de agradecer aos professores e aos meus colegas também de profissão, por me ensinarem a ser o que sou e criar uma troca de informações, carinhos e dualidades na eterna função de educar, apreciar e saber quase obssessivamente o querer sempre mais.

Deixo aqui também minha felicidade por ter conhecido e amado a Professora Auxiliar e Contadora: Therezinha Helena dos Santos Aldeia, também posso carinhosamente chamá-la de Mãe. Hoje ela completaria 60 anos de vida. Também foi minha professora. Saudades eternas...

No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Tereza D’Ávila), D. Pedro I decretou que toda vila, lugarejo ou cidade do Brasil, criasse as primeiras escolas primárias do país, que foram chamadas de “Escolas de Primeiras Letras”, através de um decreto federal.

Os conceitos trabalhados eram diferenciados de acordo com o sexo, os meninos aprendiam a ler e escrever, as quatro operações matemáticas e noções de geometria. Para as meninas, as disciplinas eram as mesmas, porém no lugar de geometria, entravam as prendas domésticas, como cozinhar, bordar e costurar.
Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor.
Começou em São Paulo, pelo Profº. Salomão Becker em uma pequena escola da Rua Augusta, o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”, onde trabalhava. O período letivo do 2º semestre da época era de 01 de junho a 15 de dezembro com apenas 10 dias descanso em todo esse período.
O Profº. Salomão propôs uma reunião de descanso para o dia 15 de outubro com toda a equipe da escola para que fossem discutidos os problemas da profissão, planejamento de aula e também de congraçamento entre os profissionais.
A reunião, que se tornou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963.
O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do (a) Professor (a), os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os estudantes e as famílias".

terça-feira, 12 de outubro de 2010

O Dia das Crianças!!

Anika com 1 ano de idade.

O Dia das Crianças no Brasil foi "inventado" por um político. O deputado federal Galdino do Valle Filho teve a idéia de criar um dia em homenagem às crianças na década de 1920.
 Os deputados aprovaram e o dia 12 de outubro foi oficializado como Dia da Criança pelo presidente Arthur Bernardes, por meio do decreto nº 4867, de 5 de novembro de 1924.
Mas somente em 1960, quando a Fábrica de Brinquedos Estrela fez uma promoção conjunta com a Johnson & Johnson para lançar a "Semana do Bebê Robusto" e aumentar suas vendas, é que a data passou a ser comemorada. A estratégia deu certo, pois desde então o dia das Crianças é comemorado com muitos presentes!
Logo depois, outras empresas decidiram criar a Semana da Criança, para aumentar as vendas. No ano seguinte, os fabricantes de brinquedos decidiram escolher um único dia para a promoção e fizeram ressurgir o antigo decreto.
A partir daí, o dia 12 de outubro se tornou uma data importante para o setor de brinquedos.

 
Em outros países
Alguns países comemoram o dia das Crianças em datas diferentes do Brasil. Na Índia, por exemplo, a data é comemorada em 15 de novembro. Em Portugal e Moçambique, a comemoração acontece no dia 1º de junho. Em 5 de maio, é a vez das crianças da China e do Japão comemorarem!

 
Dia Universal da Criança
Muitos países comemoram o dia das Crianças em 20 de novembro, já que a ONU (Organização das Nações Unidas) reconhece esse dia como o dia Universal das Crianças, pois nessa data também é comemorada a aprovação da Declaração dos Direitos das Crianças. Entre outras coisas, esta Declaração estabelece que toda criança deve ter proteção e cuidados especiais antes e depois do nascimento.







sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Vamos pegar alguns filmes na locadora?

Existe uma gama de filmes que podem ser de grande ajuda, tanto para pessoas de uma maneira geral em que pode-se observar e identificar-se dentro de alguns sintomas, mas nada que possa deixar-nos com caraminholas, a idéia do cinema dentro da psicologia mostra que o ser é avaliável e seus traumas são corrigidos, não necessariamente desaparecidos. Os psicólogos podem dentro da idéia cinematográfica fazer uma resenha de avaliação, identificação e também, como se não bastasse, pontuar.O ponto é: saber conhecer a si e o que envolve o sócio-psico-sexual, assim como também trabalhar a mente.
Deixo aqui alguns filmes para o fim de semana. Algumas séries também são bastante sujestíveis. Então, aproveite que o tempo não está para peixe e nem para pescaria e divirta-se!

1- Jornada da Alma
2- Vincere
3- Dexter (série TV)
4- Lie to Me (série TV)
5- Crazy Love
6- Barfly
7- O Lutador
8- Piaf - Um Hino de Amor
9- Crash - No limite
10- Um dia de Fúria
11- Atração Fatal (esse filme poucos percebem o que acontece com a Glenn a medida em que o relacionamento torna-se doentio)
12- Zeitgeist (documentário)
13- O Aviador
14- Rebecca, A mulher Inesquecível
15- Almas Gêmeas
16- Amarcord
17- Taxi Driver
18- O Profissional (com Jean Renno)
19- Cubo
20- O Veludo Azul
21-  Adaptação
22- Control
23- O Sol Nasceu para Todos
24 - Assim Caminha a Humanidade.

domingo, 3 de outubro de 2010

O Que é a Impotência?

Pesquisas atuais revelam que de 10% a 30% dos homens no mundo sofrem ou irão sofrer de problemas sexuais ao longo de suas vidas, um destes problemas é a impotência.
Na verdade a impotência é a falta de resposta sexual no controle da ereção do pênis.
Estima-se que aproximadamente 100.000.000 de pessoas sofram de disfunção erétil no mundo.
Ela pode apresentar-se de duas maneiras.
Orgânica: Em geral em torno dos 5% de casos encontrados. Comum em pacientes que apresentam um quadro degenerativo, por uso de certos medicamentos, uso de drogas, alto índice de colesterol, e outros.
Psicológica: mais comum. Em geral está a cerca dos 95% dos casos.

Existem meios de uma pessoa entender se seu problema está com algum comprometimento físico ou se seu problema é na verdade de fundo psicológico. Pode ser facilmente observado pelo paciente sem necessidade de uma consulta. Se você conseguir algum tipo de potência sexual, mesmo que seja dormindo (excitação espontânea) ou é capaz de produzir algum tipo de ereção em determinadas situações, certamente você não está sofrendo de nenhum problema físico, pois para que isso ocorra, você teria que apresentar a impotência 24 horas do dia e não de vez em quando.

Havendo problemas físicos, somente uma avaliação mais aprofundada poderá ajuda-lo, por isso a importância de encaminhamento a um especialista para promover exames complementares a fim de determinar a causa básica de seu problema. Neste caso, sua origem pode estar nos problemas vasculares, hormonais, neurológicos e arteriais (de artérias entupidas ou danificadas) além do mais, nem todas as pessoas que apresentam este tipo de problema têm a necessidade de uma intervenção cirúrgica. O colesterol alto, uso de álcool em demasia ou uso de drogas antes de uma relação sexual podem ser a causa determinante do problema em questão.

Infelizmente, pelo problema de impotência, seja ela física ou psicológica, a maioria dos homens procuram soluções rápidas e costumeiras, como por exemplo utilizar-se de "afrodisíacos". Estes em geral, costumam não funcionar como deveriam, pois não existem afrodisíacos eficazes. Alguns exemplos que corriqueiramente encontramos em consultórios utilizados por pessoas que desesperadamente recorrem a qualquer substância para resolverem seus problemas são: utilizar-se de cerveja preta, ovo de codorna, catuaba, amendoim e muitos outros. As pessoas que em geral recorrem a tais produtos tendem até mesmo a agravar seus problemas, se estes não estiverem no campo psicológico, pois o amendoim, ovo e outros alimentos em geral podem aumentar o colesterol em taxas elevadíssimas, acentuando ainda mais o problema por entupimento das artérias e veias que levam o sangue ao pênis.
A Impotência é um quadro erroneamente interpretado pela maioria dos homens, pensa-se que é normal um homem chegar aos seus 50 - 60 anos de idade e tornar-se um impotente, mas isso é um erro muito grande. O homem tem que ser potente até o dia de sua morte, ou seja, se ele não sofre de problemas físicos ou não utiliza-se de medicamentos que interferem na potência sexual, não tem porque tornar-se um impotente.

O problema é que os homens apóiam sua auto-estima no seu desempenho sexual; quando há perda da potência passa-se por períodos difíceis em sua vida sexual e pessoal. Muitos casos de agressões são relatadas nestes casos, separações e outros comportamentos que afastam o homem do convívio afetivo e muitas parceiras agravam ainda mais a problemática com certos tipos de cobranças sexuais.

Temos que entender, que a impotência pode ter origem até mesmo no tipo de relação existente em casa, por isso a avaliação do profissional é muito importante.

Algumas mulheres “castram” seus maridos, comportando de forma destrutiva na situação sexual, outras, por sua vez, são tão “famintas” por sexo que se comportam de forma compulsiva, exigindo de seus maridos que hajam da mesma forma. Isso cria um ambiente cheio de tensões para o homem, servindo para agravar ainda mais o problema. A excitação sexual não pode ser exigida, tem que acontecer naturalmente e espontaneamente ao desejo e à estimulação, caso não esteja vivendo isso procure logo um especialista para poder reverter o quadro.





sexta-feira, 1 de outubro de 2010

HOMOSSEXUALIDADE FEMININA

Existem várias teorias do porque uma pessoa é homossexual. Seja por influência ambiental, genética ou da formação psicológica; uma coisa é certa, ninguém opta por ser homossexual. Esse tipo de relação, de comportamento, é visto como uma orientação do desejo. Mas, esse conceito é recente, visto que somente em 1993, a Organização Mundial da Saúde deixou de considerar a homossexualidade como uma doença, passando a ser uma condição da personalidade humana. O Conselho Federal de Psicologia passou a condenar as promessas de tratamento para reverter a homossexualidade em 1999.
Picazio (psicólogo e psicoterapeuta, 1998) acredita que todos nós recebemos desde cedo uma carga muito grande de valores negativos em relação a pessoas com orientação homossexual. Por isso, acabamos por repetir os comportamentos preconceituosos para rebater algo que não queremos para nós. Essa atitude dificulta tanto a aceitação da diferença, como a própria auto-aceitação de uma pessoa que venha a se perceber homossexual, pois ela acredita que será condenada a ser tudo o que ouviu falar de ruim sobre os homossexuais.
A aceitação de casais homossexuais masculinos sempre foi maior, como se identifica na mídia escrita ou falada. Ao contrário, o preconceito contra o homossexualismo feminino ainda persiste na sociedade e nas leis que ainda fecham os olhos para sua existência.
Não temos a pretensão de determinar como se inicia a homossexualidade. Mais importante que procurar possíveis causas, é fazer com que a sociedade compreenda que a homossexualidade em si não é um mal e que o problema está na solidão,na exclusão e na marginalidade que ela provoca, nessas pessoas, pelo preconceito.
Nesta época em que vivemos, podemos dizer que a homossexualidade feminina “saiu do armário” (expressão usada por gays e lésbicas quando assumem publicamente serem homossexuais).
A expressão lesbianismo deriva de Lesbos, ilha grega que tinha como chefe uma poetisa de nome Safo. Esta musa escreveu versos que contam livremente o amor entre mulheres e, seus amores e paixões por sua companheiras ( seis séculos atrás). Daí os nomes safismo, sáfico, safista e lesbismo, lesbianismo, lesbiana, lésbica, passarem a ser usados como sinônimos de tribadismo (ato de uma mulher “roçar” em outra).
Longe de nós polemizarmos em relação à definição da homossexualidade feminina, pelo fato de que “ até hoje não surgiu nenhuma teoria que trate exclusivamente do lesbianismo. As mulheres homossexuais têm sido tratadas pelos pesquisadores como as mulheres são geralmente tratadas, como o segundo sexo.”(Charlotte Wolff).
Em meio a vários conceitos, penso serem dois mais coerentes. Lílian Federmam (1981) define o amor sáfico: “O lesbianismo descreve uma relação na qual duas mulheres trocam fortes emoções e afetos entre si. O contato sexual pode ser parte dessa relação num maior ou menor grau, ou pode estar inteiramente ausente”. Nesta mesma perspectiva, o “Grupo de Luta pela Libertação Lesbiana” de Barcelona (1981) aprofundou: “A lésbica não persegue o prazer sexual como finalidade única na relação com a companheira. Seu objetivo não é tanto o sexo, senão a busca de níveis profundos de comunicação, esferas de ternura, carinho e delicadeza. A essência do amor lésbico é a pura sensibilidade. Poder-se-ia dizer que a lesbiana sexualiza a amizade, pois a relação sexual nasce de um sentimento profundo que tem sua base no amor.”
Charlote Wolff bem definiu em seu livro – Amor entre mulheres – “...não é o homossexualismo, mas o homoemocionalismo, que constitui o centro e a própria essência do amor das mulheres entre si.”
O assunto Homossexualismo Feminino vem sendo apresentado na mídia no sentido de que se discutam o assunto para uma regulamentação da união homossexual. É imprescindível dar cidadania ao homossexual. Alguns países já possuem legislações nesse sentido, que normatizam essas uniões. Na Holanda já existe até lei para adoção de crianças por casais homossexuais - a adoção pode ocorrer desde que os parceiros estejam casados ou vivendo juntos. No Brasil só temos um projeto da Deputada Marta Suplicy no sentido de legalizar essas uniões, mas que muito tem que percorrer até sair das mesas dos dirigentes.

Um ponto importante a ser discutido e que fazem esses papéis não tramitarem é a existência dos preconceitos (mitos) mais relevantes:

1- Gays e Lésbicas são heterossexuais frustrados – FALSO – os homossexuais são pessoas que simplesmente têm um desejo natural por pessoas do mesmo sexo e que ficarão frustrados se não viverem esse desejo.

2- Homossexualidade é uma questão de opção – FALSO – a opção é a de viverem ou não, plenamente esse desejo, que é natural.

Em relação então, à união homossexual, Giddens (1993) a define como “relacionamentos puros”- que se constituem basicamente pelo compromisso (sem união civil, vínculo financeiro, filhos) e pela confiança total enquanto se amam e querem viver juntos. A problemática é a de se ter como base na sociedade a “família nuclear” que é a heterossexual, onde teríamos um homem e uma mulher, e as outras formas de família, as reconstituídas (em grande número atualmente com base no aumento dos divórcios e segundos ou terceiros casamentos), as monoparentais (que geram filhos sem pais ou mães) e as homossexuais.

Em relação à adoção de filhos por casais homossexuais femininos, um casal de homossexuais femininas, fizeram uma pesquisa com três casais observando dados importantíssimos nesse processo:

1- A definição sexual independe de a criação ter sido realizada por pais homo ou heterossexuais. Os pais homossexuais são mais atentos com os filhos no sentido de ensinarem a confiarem mais em si próprios e em seus sentidos, para que consigam não sofrer com os preconceitos que possivelmente venham a ser vítimas.

2- O grande papel de uma mãe formadora de uma família alternativa é mostrar aos filhos o quanto está feliz levando a vida da maneira que leva, e que sua relação é saudável e positiva.

3- Quanto mais natural for o comportamento dos pais em relação à família que estão inseridos, mais fácil para o filho compreender que pertence a algo natural e saudável.

4- A família é uma referência que vai permanecer por toda a vida do indivíduo. É fundamental que essa referência seja internalizada como algo positivo.

5- Não há divisão rígida de papéis entre as parceiras. O importante é a função dos pais como fomentadores da socialização da criança, de uma forma indiferenciada.

6- O papel dos pais como facilitadores dos filhos para lidarem com o preconceito : o importante é a verdade e a aceitação.
Essas famílias homossexuais femininas surgem numa tentativa de viver de maneira mais natural possível, não desejando mostrar que são iguais, pois não são, mas que poderão merecer respeito, direitos e espaço, pois se tratam apenas de diferentes formas de relações.
Mas, ainda fica uma questão: será que esses casais não estariam buscando a adoção de crianças, para serem mais aceitos, menos fora dos padrões, por formarem uma família chamada “alternativa” ou “diferente” ? Há realmente o desejo de ter filhos ou esse desejo é produzido pela necessidade de enquadramento no padrão familiar?
O assunto é delicado, amplo e necessita de discussões profissionais nos níveis sociais, legislativos e executivos para o crescimento da Sexualidade Humana Brasileira.