"O amor, o conhecimento e o trabalho, são fontes de nossas vidas. Deveriam também governá-los". - Wilhelm Reich







segunda-feira, 20 de junho de 2011

Amor Possessivo



“Não ser machista, nem bancar o possessivo, não ser inseguro e não ser tão impulsivo... Mas eu me mordo de ciúmes”.
(Ultraje a Rigor)

Quando pensamos em um amor possessivo, imaginamos uma pessoa que "ama" tanto outra, que quer tê-la só para si. Será que isso é verdade? Quando existe o desejo de posse, o desejo de que o parceiro (ou parceira) seja só seu, esteja somente com você, preencha todas as suas expectativas, então não há amor.

Definir amor é algo muito difícil e demorado, assim vamos ficar com as sensações: podemos perceber que quando estamos amando, sentimos nosso ser irradiando alegria, paz, sentimo-nos leves e com a sensação de plenitude. Certo? Como posso amar alguém, se não permito que essa pessoa tenha sua própria individualidade? Se não permito o seu desenvolvimento pessoal? Quando existe a atitude possessiva, o que percebemos são sentimentos de inferioridade e de rejeição.

Muitas vezes, a pessoa não consegue ficar sozinha e lidar com sua auto-estima, que pode estar prejudicada, então, necessita ter alguém para evitar o contato consigo mesma, procurando controlar ao máximo seu parceiro. Através do controle, a pessoa acredita que existe amor, mas o controle só existe em uma relação onde a confiança não funciona como base, onde a negação dos sentimentos é grande. Assim a atitude possessiva traz como características o controle, o ciúme, a desconfiança – tudo devido a uma grande insegurança, originada no sentimento de inferioridade.

Muitas vezes, a mulher se submete ao companheiro possessivo, atrás de uma tranqüilidade, digamos, uma pseudotranqüilidade. O homem, por sua vez, garante uma falsa identidade sendo o machão, por medo de perder a verdadeira identidade do masculino. Tudo vira um grande ciclo – um domina, outro se submete – e vive-se uma pseudo-relação, baseada no poder. E onde há poder, não há vida.

Para concluir cito um grande autor Erich Fromm, que diz no seu livro intitulado "A Arte de Amar", que o amor maduro é uma "união sob a condição de preservar a própria integridade e individualidade".




Nenhum comentário:

Postar um comentário