É tudo igual!
Há 17 anos, o país inteiro lamentava uma triste perda: o cantor Cazuza, depois de um longo e público calvário, perdia a vida vítima da AIDS. A doença levou embora a bela aparência que o identificava, a rotina frenética que ele mantinha e, por conseqüência, a tranqüilidade de muitos jovens (e outros nem tanto) que mantinham rotina parecida.
Fragilidade. A palavra resume bem a condição dos pacientes que contraíam o vírus naquele tempo. Mas, de lá para cá, muita coisa mudou para melhor! e são comuns os casos de pessoas soropositivas que jamais apresentam os sinais que nos sensibilizaram na década de 1980.
Fragilidade. A palavra resume bem a condição dos pacientes que contraíam o vírus naquele tempo. Mas, de lá para cá, muita coisa mudou para melhor! e são comuns os casos de pessoas soropositivas que jamais apresentam os sinais que nos sensibilizaram na década de 1980.
O corpo fraco, os cabelos minguados, os enjôos e o dia-a-dia doente ficaram mesmo para trás e os pacientes infectados pelo HIV só não levam uma vida completamente livre de limitações caso queiram algo diferente disso.
Na opinião do médico Rogério Satóris, gerente de pesquisa na área de virologia, essa mudança se deve aos ótimos coquetéis de medicamentos disponíveis. Mas não só isso: a informação, cada vez mais disseminada, a respeito da doença também interferiu na mudança. As pessoas deixaram de acreditar que contrair o HIV é o mesmo que assinar uma sentença de morte , afirma o pesquisador. Com o acompanhamento adequado, muitas delas nem sequer desenvolvem AIDS (quadro em que o vírus debilita o organismo e as doenças chamadas oportunistas se manifestam) .
Ele cita o exemplo de muitos atletas contaminados pelos vírus da AIDS e que competem normalmente. Só ficamos sabendo da doença quando, por algum motivo, eles decidem revelar que são soropositivos , relata. A seguir, o especialista quebra uma série de tabus e mostra que o dia-a-dia de um paciente com HIV está sujeito aos mesmos cuidados que o de alguém livre do vírus. Confira e deixe de lado o preconceito.
Alimentação: uma dieta diversificada é fundamental. Proteínas, carboidratos e gorduras podem (e devem) ser consumidos sem nenhuma precaução além das recomendadas regularmente. A única ressalva fica por conta da suplementação alimentar.
Tomar suplementos sem orientação médica é totalmente contra-indicado. Isso porque algumas substâncias, combinadas ao remédio, podem trazer reações negativas (como hemorragias) e até interferir na eficácia da fórmula .
Bebidas alcoólicas: o álcool realmente prejudica o efeito dos remédios, não só os usados no combate ao vírus HIV, mas contra qualquer doença. Não é por isso, porém, que você precisa brindar seu aniversário com suco para o resto da vida. "Uma taça de champane, ocasionalmente, não faz mal nenhum. Pelo contrário, até melhora a auto-estima e o humor do paciente. O que não dá é para cair nos excessos, como em todas as situações", ponderea o virologista.
Peso: pacientes soropositivos realmente tendem a emagrecer (a alta replicação viral exige mais do sistema de defesa do organismo, daí o enfraquecimento e a perda de peso). Mas vale ressaltar que a perda de peso não é sinal de agravamento da doença. Muitos pacientes, ao contrário, até engordam. Trata-se de um problema chamado lipodistrofia, ou seja, o acúmulo irregular de gordura , explica o especialista em virologia.
Exercícios físicos: apague da memória, de uma vez por todas, a idéia de um doente acamado, num quarto escuro e com cobertores até o pescoço. A palavra de ordem é vida saudável e, para isso, a prática de exercícios físicos é fundamental. O paciente deve escolher um esporte que combine com o perfil dele, e pronto , diz. Uma avaliação física também é muito importante, assim como a realização de exames freqüentes, evitando surpresas desagradáveis. Numa fase de alta replicação viral, por exemplo, é necessário fazer repouso, sob o risco de contrair as infecções oportunistas, que surgem com a baixa imunidade , afirma o médico. Disposição não vai faltar se você seguir todas as orientações médicas. Mas ainda recomendamos que se evite os esportes de contato, por oferecem maior potencial de contaminação .
Namoro: beijar, abraçar, transar... a vida afetiva de uma pessoa com o HIV não tem nada de especial. Muitas vezes, aliás, ela serve de exemplo para quem brinca com a saúde e acaba se esquecendo de usar camisinha. A prevenção é uma regra na rotina dessas pessoas, mesmo quando falamos de um casal em que ambos são soropositivos , diz o médico. Os cuidados são necessários para que se evite o contágio (quando um dos parceiros é HIV negativo) e a superinfecção, quando os dois já contraíram o vírus. Misturar as secreções pode dar origem a uma versão mais resistente do vírus, dificultando o combate e debilitando ainda mais o sistema imune .
Gravidez: a única diferença de uma mãe soropositiva é que ela não poderá amamentar o bebê. De resto, nada. A necessidade de pré-natal é idêntica, os exames pedidos pelo médico, idem. A criança pode até nascer com menos peso, mas se trata de um percentual mínimo, de 5% em média. Os riscos de o bebê nascer com o vírus variam de 15 a 30% (para mães que não seguem um tratamento retroviral). Mulheres que ingerem os medicamentos corretamente abaixam esse número para 8%. Para homens soropositvos, os especialistas estão sugerindo um tipo de fertilização em laboratório que trata os espermatozóides antes de fecundarem o óvulo. A prática ainda não é comum, mas já tem sido realizada com sucesso fora do Brasil.
Olá, blogueira!
ResponderExcluirA melhor prevenção é a informação e usando a camisinha, todos curtem melhor a vida e sem preocupação. Ajude a divulgar informações e conscientizar mais pessoas sobre as formas de contágio e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, como o vírus HIV. Conheça algumas das atuais campanhas contra o preconceito e de prevenção a DSTs do Ministério da Saúde. Ajude-nos a divulgá-las. Vamos juntos conscientizar um número maior de pessoas.
Camisinha. Com amor, paixão ou só sexo mesmo. Use sempre.
Para mais informações: comunicacao@saude.gov.br, www.aids.gov.br ou www.formspring.me/minsaude .
Atenciosamente,
Ministério da Saúde