O que é ?
A
fobia social é um transtorno de ansiedade
específico de determinadas situações. Um certo grau de ansiedade é normal e até
adequado para nos prepararmos bem, por exemplo para uma reunião de trabalho ou
uma apresentação no colégio. Contudo quando a ansiedade passa a impedir o
desempenho, pois atrapalhar simplesmente é aceitável, ela deixa de ser
adequada. A fobia social portanto é a ansiedade incapacitante despertada sempre
que o indivíduo encontra-se numa determinada situação em que seja o alvo dos
olhares das pessoas em redor.
Como é?
O
início da fobia social não costuma ser percebido pelo paciente. Paulatinamente
o fato de ser observado ou de achar que está sendo observado torna-se
extremamente desconfortável para atividades restritas como escrever, falar,
comer, beber em locais públicos. A pessoa que sofre de fobia social reconhece
que é exagerada sua ansiedade mas não consegue controlá-la. Os familiares e
amigos sempre aconselham tratamentos sem saber que se trata de um real
transtorno incapacitante de ansiedade e por isso mesmo sem aceitar
completamente este problema. A fobia social não melhora sozinha e como alguns
pacientes descobrem que o álcool
controla os sintomas, passam a abusar das bebidas, não por terem inclinação à
bebida, mas para se "auto-medicarem", uma vez que enquanto durar o
efeito do álcool a ansiedade é tolerada.
Quem são ?
A
maior parte dos pacientes com fobia social são homens, de cada 3 casos 2 são do
sexo masculino. Geralmente o início da idade adulta coincide com o início da
fobia social, podendo contudo começar durante a adolescência ou até na
infância. Não houve tempo suficiente para se pesquisar a duração da fobia
social, pois este transtorno é conhecido há pouco anos. Acredita-se que sua
evolução seja crônica, podendo durar toda a vida do indivíduo sem tratamento.
Como se trata ?
O
tratamento da fobia social é simples e costuma ser eficaz. Os pacientes podem
não ficar completamente recuperados, mas melhoram o suficiente para exercer
suas atividades sociais e profissionais. As medicações mais usadas são o
clonazepam e a tranilcipromina. A forma de psicoterapia que mais apresenta
resultados é a de orientação cognitivo-comportamental.