Neste ano que passou atendi 16 casos de separações onde os relacionamentos tinham entre 4 e 12 anos de união estável. Na grande maioria foram casos súbitos (como muitos homens disseram) em que a esposa acordou no dia seguinte e pediu divórcio o mais rápido possível, já mandou tirar tudo de casa e separar as contas e ítens que tinham em comum. Relâmpago? Sim. De repente aquela doce mulher que tanto lhe suportou na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, um dia olha para você e o quer fora de casa para ontem. O que aconteceu?
Foram 16 homens que infelizmente tiveram seus casamentos arruinados sem saber de onde o problema surgiu e ninguém contou. Muito menos as esposas que, umas decidiram tornar o fim da relação um inferno e outras fizeram sem dor e sem remorso.
Mas o que aconteceu para estes relacionamentos assim como tantos outros irem por água abaixo?
Várias respostas podem ser encontradas e aqui posso relatar:
1- Diminuição da libido;
2- Falta de comunicação a dois;
3- Dívidas;
4- Horários atribulados entre o trabalho, casa, filhos e o momento a dois fica sem espaço;
5- Brigas com ou sem sentido;
6- Doenças psicopatológicas;
7- Interferência dos familiares;
8- Dificuldade de engravidar;
9- Antisocialismo;
10- Segredos não revelados no período do namoro;
11- Relações extraconjugais;
12- Uso de drogas e álcool;
13- Agressões físicas e psicológicas; (nesse caso, pode dar um fim no casamento mesmo!);
14- Ciúme excessivo; (ver Amor Possessivo, no blog)
15- Diferença salarial;
16- Um dos conjugues não desejar ter filhos;
17- Mudanças no amor;
Na procura de um terapeuta, em casos que a salvação poderia ser apresentada, uma das partes reluta, é de praxe, pois ou realmente não há nada ou ninguém que possa fazer com que mude de pensamento sobre o fim do casamento ou coisas que estavam encobertas podem ser reveladas, em casos assim, um dos conjugues pode sair ferido ou perdoar, mas tenha certeza de que a relação não será mais como antes.
A depressão impera nestes casos. A falta de vontade de executar tarefas, voltar ao trabalho, alimentação precária, a idéia fixa de que “nunca mais será amado” ou que encontrará alguém, sentir-se velho ou “desatualizado” para novamente trabalhar a corte. Muitas pessoas pensam assim e ao fim das contas não somente a depressão o atinge como também a síndrome do pânico (essa nem pode passar pela porta), começa também uma orgia de alimentos ou de abusos de álcool.
Quando a pessoa entra no estágio da depressão, muitos vão de encontro à terapia para que a solução seja precisa e auxilie a suportar a dor. Muitos destes dou os parabéns, pois é neste momento que realmente precisa de acompanhamento e para que as rédeas do desejo e da esperança, não desapareçam.
A autoestima também vai embora (a depressão faz isso). Fazer com que as coisas comecem a entrar nos eixos depende muito da força de vontade do paciente, pois o psicoterapeuta tem a ferramenta que o paciente pode manipular para seu bem-estar. Isso também não é da noite para o dia, depende muito do luto, o tempo e a dor que deve ser dissipada. O interessante que, casos de luto da separação na maioria das vezes o paciente fica, porque além de estar se sentindo bem e forte para aos poucos enfrentar seus medos e a dor, aparecem outras coisas que outrora ele achava insignificante e aí vem a tona como uma nova demanda, um novo rumo para se reconstruir como bom ser humano proveniente de amor, solidez psicológica e sociabilização.
Portanto, fazer terapia no momento em que o problema aparece na maioria das vezes é bom, mas também é muito interessante quando o problema já está acontecendo e antes de tudo o que foi construído vá por água abaixo é muito melhor. E nunca tenha medo de falar o que sente, isso faz parte do bem estar sócio-psico-sexual.
Converse com seu conjugue se podem fazer terapia de casal, na maioria das vezes o fim de um relacionamento pode ser evitado quando ambas as partes começam a pensar de maneira sensata, o diálogo surge e......já é um bom começo para recomeçar.
“Save your Love” – Kiss, disco Dinasty, composição de Ace Frehley.
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