"O amor, o conhecimento e o trabalho, são fontes de nossas vidas. Deveriam também governá-los". - Wilhelm Reich







domingo, 28 de agosto de 2011

A vida infantil segundo Jacques Lacan

A vida infantil segundo Jacques Lacan – O estágio de espelho, o Desejo da Mãe e o Nome-do-Pai



Segundo Jacques Lacan, ocorre um processo chamado “estágio de espelho” que se inicia aos seis meses de idade até aos dois anos.

Mas, como ocorre esse processo? Num primeiro tempo a criança não teria a vivência do seu corpo com sendo uma parte integrada, pelo contrário ela percebe seu corpo como sendo uma dispersão de partes separadas, por falta de coordenação e imaturidade de como ela vem ao mundo. Assim tendo uma vivência de despedaçamento. De início a criança começa a conquistar a totalidade de seu corpo por meio do “espelho”, que representa uma metáfora do vínculo entre mãe e bebê, do olhar da mãe e do bebê, essa metáfora traz uma dimensão imaginária, na qual permitirá uma ilusão de completude do bebê. É nesse “espelho” que a criança irá antecipar a totalidade de seu corpo, por meio dessa imagem no espelho.

A criança reage diante dessa imagem como sendo a de um outro e depois se dá conta que esse outro é ela própria. A mãe seria o espelho da criança e é ela que contribuirá para visão desse outro. Então, é lá fora que a criança se descobre. Quando a criança se dá conta que esse outro é ela mesma reagirá com júbilo diante dessa imago, o ego ideal, porém, é nessa imagem do outro que a criança irá se alienar. É esse outro que irá assumir o lugar da criança, esse é o campo do Imaginário, o campo narcisista.

Uma identificação com a própria imagem especular como uma ilusão de domínio e coordenação corporal que ainda não foi alcançada, e uma ulterior alienação do olhar da mãe na sua própria imagem. Essa cisão posterior entre ser fragmentado e seu reflexo no espelho, constitui um novo estágio psíquico na dialética da separação/unificação. [...] o espelho tanto duplica quanto cinde, o mundo não é mais uma extensão do bebê, mas está duplicado, o outro se torna o duplo de si mesmo. Esta relação com o duplo sempre provoca conflito, pois, se o outro é um duplo de si mesmo, ele também é um rival. O espelho inaugura uma rivalidade consigo próprio; o objeto de identificação se torna, igualmente um objeto de ódio e agressão (BENVENUTO, 2001 p. 42).

No segundo tempo do Estágio de Espelho, a criança alienada na imagem do outro, imagem dela mesma e do corpo e do olhar de sua mãe, ela irá se identificar com essa imagem e assim se identificando com o desejo desse outro, o da mãe, ele irá desejar o desejo da mãe, ou seja, irá desejar ser o desejo da mãe. A criança acredita que o desejo da mãe é possuir o falo, por conseguinte a criança irá desejar ser o falo da mãe, o falo aqui será entendido como sinônimo de poder.

No terceiro tempo do estágio de espelho, entra em cena o pai com a castração e como portador da Lei, aqui é o momento do advento do Simbólico.

Nesse momento o pai surge com a sua função, o de portador da Lei, de interditar e normatizar os limites da relação diádico-simbiótica da mãe com o filho.

Vemos aqui que Lacan vai assinalar a função do pai, como sendo o significante do Nome-do-Pai, ou seja, não a pessoa do pai, mas a importância que a mãe dá a sua palavra ou ainda a sua autoridade, a um significante do pai, e será assim que os limites a relação diádico-simbiótica mãe-filho irá ser imposta. É assim que o Nome-do-Pai será inscrito no inconsciente da criança e irá intervir no Complexo de Édipo, introduzindo assim a norma fálica para a criança. É assim que irá se organizar a relação mítica e edipiana da família.

A mensagem que o significante Nome-do-Pai traz segundo Lacan não é simplesmente o “não te deitarás com tua mãe”, não simplesmente dirigida a criança, sim um “não reintegrarás o teu produto” que é dirigida a mãe, é essa a mensagem que introduzirá a Lei na relação mãe-bebê.

A aceitação, por parte do filho, dessa castração por parte da lei do pai irá constituir o registro Simbólico, o ingresso no triangulo edípico. Para a criança isso reflete ao “ser o falo para alguém”, e irá fazer a criança ter um desejo próprio e ser guiado por esse desejo, embora não onipotente pela mediação da castração paterna.

Segundo a Psicanálise Lacaniana, poderemos compreender os diferentes lugares que a criança poderá ocupar na estrutura familiar, ou seja, os diferentes lugares que ela ocupa no desejo do Outro, com as possíveis respostas que poderá dar a esse desejo, e quais serão as conseqüências disso na estruturação da criança como sujeito.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

BENVENUTO, Bice. Era uma vez: o bebê na teoria lacaniana. In: BURGOYNE, Bernard; SULLIVAN, Mary (Org.). Diálogos Klein-Lacan. 1º edição. São Paulo: Via Lettera, 2001. Cap. 2, p. 29-46.

COSTA, Teresinha. Psicanálise com crianças. Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar, 2007.

FRANCISCHELLI, Leonardo Adalberto. De onde fala Lacan?. Psique, Ciência & Vida Especial. São Paulo, Ano 1, nº 4, p. 52 – 57.

LACAN, Jacques. Escritos. Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar, 1998.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Conselhos e Idéias para a chegada do Bebê



Tenho atendido algumas mamães de primeira viagem e o que tenho percebido que como ficam completamente ansiosas com compras, necessidades, utensílios e até boas fraldas para seus pequenos que estão para chegar. Acaba se tornando uma compulsão, tão estranha que ela em alguns casos se perdura pós parto, acreditem!!
Bem, há um tempo atrás, uma paciente minha que conseguiu ficar toda a gravidez em terapia, o que foi uma surpresa pois, geralmente as grávidas não ficam até o fim da gestação, mais por cansaço, ansiedade, humor alterado etc. Está foi guerreira.
Durante seu período, dei várias idéias para não sair fazendo mil coisas ao mesmo tempo e comprar desnecessariamente.
Hj, atendendo mais uma que está com 3 meses e tb amigos que estão "grávidos" decidi colocar um material diferente no blog que chamo de "manhas da mamãe sem freios" onde ajudo a colocar freios e dar algumas idéias, haja vista que minha filha já está com 2 anos (atualmente com quase 5) e fora a quantidade de primos que nasceram na minha família que acompanhei de perto.
Vamos lá!

O que vou passar pra vcs é o básico e o necessário. Se quiserem seguir bom, senão fiquem ao critério de vcs, pois acredito que terão tb muitas pessoas para ajudar nesta hora.

1-Não saiam comprando todas as roupinhas o que vêem pela frente, compre pouco, mesmo que dê na telha de gastar horrores com coisinhas fofas. Vcs vão ganhar muitas roupinhas dos amigos e parentes. Compre roupas da época que o neném irá nascer, tipo: se for no inverno, compre casaquinhos e calcinhas de pé, são ótimos e práticos. (sempre tamanho maior, tipo de 3 a 6 meses, nunca comece de 0 a 3 meses).

Na Renner, Lojas Americanas e Leader tem coisas lindas, baratas e de bom tecido (não rasgam, não encardem com papinhas e leites (roupa pra bater é o que chamam e duram). As Americanas estão sempre com promoções. (eu fazendo propaganda de loja...aiii!). Bebê Básico, uma loja fabulosa do Sul, agora no Rio e Niterói, tem coisa lindas, mas seu tecido estica rápido e terá de ter cuidados ao lavar separadamente. Boys and Girls, de Friburgo tb é perfeita, Babylandia (Rio e Niterói) tb tem artigos de bom gosto e em bom preço. Esqueçam Abracadabra (Rio e Niterói), cara demais, roupas que não trabalham com medidas certas, fora que o tecido em alguns casos como já presenciei, causam alergia.
Compre roupas mais pra frente, exemplo pra 6 meses e guardem, pois criança cresce no susto e quando vc vê não tem nada fresquinho ou de acordo com a estação pra usar.
2-Pensem no quarto do neném com um tema. Aqui em casa, por exemplo, como eu não sabia o sexo, decidi por fundo do mar (nossa adoração - papai e mamãe), ficaram 3 paredes azuis claras e uma lilás, com peixinhos de madeira pintados nas paredes e um quadro de peixinhos do querido Romero Brito.
3-Nada de guarda roupa e cômoda infantil! São caras demais e futuramente seu filho vai reclamar e vc terá de comprar outro. Em algumas grandes lojas, há estes móveis em branco com tabaco ou outras cores básicas que não é nem infantil e nem adulto, com 4 portas e 2 gavetas, dá muito bem. Uma cômoda para guardar as fraldas e toalhas, fraldinhas de pano, lençóis etc.
4-Não precisam comprar aquela banheira enorme com trocador e tudo mais, com menos de 6 meses seu filho vai ficar apertado nela e mais pra frente vai usar aquela famosa banheira de plástico que todos nós usamos (ninguém morreu até hoje por causa dela). Então, compre um aparador de banheira e a de plástico. Aquela banheira enorme custa em média 600 reais. O aparador e a banheira de plástico sai por 70 reais. Não é ser somente econômica e sim, prática, pois a famosa banheira de plástico dura até 1 ano e 6 meses, mais ou menos, além de caber muito bem no box.

5- Façam chá de fralda, quando tiver uns 6 para 7 meses de gestação.

Sempre nessa idéia: 2 pacotes de fralda + 1 Hipoglós

2 pacotes de fralda + 1 caixa de cotonetes.

2 pacotes de fralda + 1 caixa de algodão.

Peça mais hipoglós, lenços umedecidos...isso usa pra caramba!!!

Se vc acha que 2 pacotes para pedir é muito, compreenda: nas farmácias existem pacotes de 8 a 74 fradas, tem gente que costuma não entender, até mesmo por não ter filhos e desconhecer, não é maldade e acabar dando um pacote menor, esses no fundo no fundo são ótimos para carregar nas bolsas de passeios ou idas aos médicos etc. (caso ganhe estas, guarde para estas ocasiões)

No final da lista deixe só 2 pacotes de fraldas ou pacotões, tem uns com 74 fraldas, tem gente que dá!

Melhores fraldas até agora que estou usando: Mônica (imbatível), Pampers Confort (as outras pode esquecer, vaza tudo), Looney Tunes e da Johnson (a básica), PomPom. Ganhei um pacote com 74 fraldas da Dry Séc - Argentina, é boa, não tenho o que reclamar!

Peçam tb fraldas noturnas, vcs vão precisar quando tiver com 3 meses, pois o neném dorme até 7 horas a noite e vc não vai precisar acordar pra trocar de 3 em 3 horas.
É só um exemplo:

Peçam mais ou menos assim, uns 10 pacotes da P (3 a 5kg), umas 20 da M (é a que usa mais, pois vai de 5 a 9 kg ou 10kg, varia da marca), 30 da G (essa usa até 1 ano ou um pouco mais, depende tb do peso do neném), peçam XG (mas poucas, pois não sabemos o peso ainda do neném quando nascer.Essa fralda geralmente começa a ser usada um pouco antes de completar 2 anos). Chamem todos os amigos nesse dia, até os homens!!!rs
Ps: 4 pacotes de recém-nascido (pra levar pro hospital) essas vc pode comprar, não peça no chá pois é perda de tempo.
6- Não sigam a  idéia de lista de enxoval da Internet, aquilo tem N itens que o neném nem vai ter tempo de usar.
Usei e uso em minha filha:

6 babadores.
6 body´s de manga curta
6 de manga comprida.
6 camisetinhas de manga curta e 6 da cumprida.
10 calças (vários tamanhos)
4 conjuntos de lã anti alérgica (sapato, casaco etc)
Cueiro não serve pra nada.
4 cobertores grossos.
6 lencóis.
5 toalhas de capuz de preferência com pano de fralda costurado dentro delas.
1 edredon
3 colchas.
3 pacotes de fraldas de pano (cada um contém 6 fraldas)
15 panos de boca (serve toalhinhas, aquelas de lavabo).
6 pares de meias.
Pijamas de malha.
6 sapatinhos de lã.
2 pares de luvinhas.
4 Macacões de banho de sol.
3 Macacões de manga curta e 3 compridas.
Travesseiros não precisa, pois só com 6 meses é que vai se usar.
2 kits berço.
2 protetores de colchão.
3 conjuntos lençóis de carrinho.
1 bebê conforto (q não é pra agora, só com 3 meses ou se preferir 1 canguru).

2 bolsas (1 pequena e 1 grande). Eu acabei optando por mochila, é bem melhor, imagina: neném no colo, sua bolsa do lado, a outra do outro lado e vc quase morrendo na rua!!!Nem....Mochila leva tudo, inclusive o que é seu, vc coloca nas costas e vai embora com os braços livres pro bebê! Comprei uma lancheira térmica (essas de colégio mesmo!) pra viagem pra por mamadeira quentinha e água tb.

1 carrinho de passeio (dê preferência pro carrinho berço, pois vai que vc viaja e não tem lugar pra pôr o nenê pra dormir? Dorme no carrinho confortavelmente.

3 trocadores plásticos (1 pro seu quarto, 1 pro quarto dele e outro para a mochila caso vc não tenha trocadores aonde vc estiver na rua).

1 cadeira pra automóvel. Meu marido comprou uma de vai do recém-nascido até os 6 anos, se não me engano).

1 chiqueirinho, aqui em casa compramos um chiqueirinho que vai aumentando e vira um berço pro neném, é ótimo e cabe na mala do carro).

1 abajour

20 cabidinhos.

1 cesto de roupa suja

1 conjunto de potes.

1 lixeira

1 móbile de berço (isso é útil que vcs não fazem idéia)rs

1 babá eletrônica.

1 tesourinha de unha.

1 aspirador de mucosa (meleca)

1 escovinha de cabelo

Basicamente é isso! Mas não saiam comprando tudo na primeira loja, pesquisem e muito, aqui em Niterói tem 2 lojas ótimas e baratas em tudo pra bebês!

Conselho: quando alguém disser que quer dar algo pro neném, falem na cara de pau o que precisam, é melhor do que ganhar algo que nunca irão usar e só ocupará espaço. Dê preferência a fraldas (nunca é demais) ou roupas que usará mais pra frente.

7- Futura mamãe, compre uma agendinha para anotar tudo: médico, ultra, peso, comportamento, dúvidas pro médico etc. Isso vai ajudar a dar um controle melhor da sua situação.
8- Amamentar: dói, dói....mas dê mesmo assim....quando estiver com 5 meses de gestação, comece a esfregar esponja de banho no bico pra ajudar a calejar. Depois quando já estiver amamentando use Mater Care, nem precisa limpar o seio toda hora, é a base de água e maracujá, não faz mal ao bebê. Isso alivia horrores!
9-Pediatra: comece a procurar antes de nascer, é bom pra fazer entrevistas e ver qual o melhor se encaixará com o jeito de vcs! A minha é a própria que viu minha filha nascer, é muito boa, pois já conhece a pecinha!rs Eu a conheci antes, marquei uma entrevista no consultório dela e fiz todas as perguntas que eu precisei para chegar a uma escolha.

Acompanhamento psicológico tb é muito importante para os pais. No trabalho da psicologia trabalhamos com aconselhamento, controle da ansiedade, a sexualidade, auto-estima da mulher, o bem-estar sócio-psico da gestante e do companheiro, depressão pós-parto, depressão pré-parto, responsabilização para com o bebê, desejos e anseios, aconselhamento médico (caso necessário), alteração de humor, neurastenia etc.
Cursos para gestantes tb é muito útil. Caso encontre algum na sua região, vá e anote todas as dúvidas e pergunte tudo. Vale a pena!

Sobre as roupas, uma idéia que sempre ajuda: Veja em que época do ano o bebê vai nascer (primavera, verão, outono ou inverno) vc compra de acordo com esta época e as maiores a medida em que ele crescem tb de acordo com eles. Pior é vc comprar roupas de verão em abundância para seu bebê nasceu no inverno em tamanhos somente para aquelas ocasiões, perde dinheiro e perde por ele não poder usar.
Exemplo: Minha filha nasceu no inverno, eu tinha as melhores e em pouca quantidade pro inverno, com 4 meses mais ou menos, era o fim da primavera, eu já tinha roupas mais frescas e leves que poderia usar até o fim do verão (essas eu comprei em maior quantidade e de vários tamanhos, pois no fim do verão ela já estava usando roupa de 1 ano e olha que ela nasceu em julho), isso tb varia muito do peso e tamanho da criança.

Espero que essas dicas ajudem!!!
Muito obrigada, bom parto e muitas felicidades para a família!
Bjs Mil,
Lilian Aldeia.



domingo, 14 de agosto de 2011

A SEXUALIDADE NORMAL E TRANSTORNOS SEXUAIS



 
O comportamento sexual humano é diversificado e determinado por uma combinação de vários fatores tais como os relacionamentos do indivíduo com os outros, pelas próprias circunstâncias de vida e pela cultura na qual ele vive. Por isso é muito difícil conceituar o que é "normal" em termos da sexualidade.
 
O que se pode afirmar em relação a isso é que a normalidade sexual está relacionada ao fato da sexualidade ser compartilhada de forma que o casal esteja de acordo com o que é feito, sem caráter destrutivo para o indivíduo ou para o parceiro e não afronta regras comuns da sociedade em que se vive.
 
A anormalidade pode ser definida quando há uma fixação em determinada forma de sexualidade ou em determinada pessoa, ou ainda quando a pessoa não consegue desfrutar de outras formas de prazer.
 
A anormalidade pode ser definida quando:
 
  • Há uma fixação em determinada forma de sexualidade;
 
a pessoa não consegue desfrutar de outras formas de prazer, como, por exemplo, no voyeurismo em que só consegue obter prazer ao masturbar-se, observando pessoas sem o consentimento delas;
 
  • A pessoa não consegue ter relacionamento sexual com outras pessoas.
 
O que deve ser lembrado é que a sexualidade humana envolve, além do ato sexual em si, outras atividades, como fantasias, pensamentos eróticos, carícias e masturbação.
 
As fantasias sexuais são pensamentos representativos dos desejos sexuais mais ardentes de uma pessoa e tem a função de complementar e estimular a sexualidade, tanto da realização do ato sexual com um parceiro quanto da estimulação auto-erótica (masturbação).
 
A masturbação também é componente normal da sexualidade, e consiste no toque de si mesmo, em áreas que dão prazer ao indivíduo (áreas erógenas), que incluem os genitais e/ou outras partes do corpo, com a finalidade de obter prazer.
 
No ser humano, as sensações sexuais despertadas, seja por fantasias, por masturbação ou pelo ato sexual em si, ocorrem numa sucessão de fases que estão interligadas entre si, que são chamadas de as Fases da resposta sexual humana. São elas:
 
Desejo: Consiste numa fase em que fantasias, pensamentos eróticos, ou visualização da pessoa desejada despertam vontade de ter atividade sexual.
 
Excitação: Fase de preparação para o ato sexual, desencadeada pelo desejo. Junto com sensações de prazer, surgem alterações corporais que são representadas basicamente no homem pela ereção (endurecimento do pênis) e na mulher pela lubrificação vaginal (sensação de estar intimamente molhada).
 
Orgasmo: É o clímax de prazer sexual, sensação de prazer máximo, que ocorre após uma fase de crescente excitação. No homem, junto com o prazer, ocorre a sensação de não conseguir mais segurar a ejaculação, e então ela ocorre; e na mulher, ocorrem contrações da musculatura genital.
 
Resolução: Consiste na sensação de relaxamento muscular e bem-estar geral que ocorre após o orgasmo que, para os homens em geral, associa-se ao seu período refratário (intervalo mínimo entre a obtenção de ereções). Na mulher, este período refratário não existe: ela pode, logo após o ato sexual ter novamente desejo, excitação e novo orgasmo, não necessitando esperar um tempo para que isso ocorra novamente.
 
DISFUNÇÕES OU TRANSTORNOS SEXUAIS
 
Disfunções ou transtornos sexuais são problemas que ocorrem em alguma das fases da resposta sexual humana.
 
Disfunções Sexuais Femininas
 
Na mulher, as disfunções sexuais mais comuns são: as inibições do desejo sexual, a anorgasmia, o vaginismo e a dispareunia.
As inibições do desejo sexual ou transtorno do desejo sexual hipoativo, constituem a falta ou diminuição da motivação para a busca de sexo, ou seja, a pessoa não tem vontade de manter relações sexuais.
 
Isso ocorre mais comumente devido a:
  • problemas no casamento (brigas, desentendimentos quanto ao que cada um espera do relacionamento)
  • falta de intimidade
  • dificuldades de comunicação entre o casal, ou ainda, devido a tabus sobre a própria sexualidade, como, por exemplo, associações de sexo com pecado, com desobediência ou com punições
  • Inibições decorrentes de traumas sexuais (abuso sexual, estupro)
  • doenças, a problemas hormonais e ao uso de certas drogas e remédios.
 
O diagnóstico pode ser feito por médico clínico, ginecologista, psiquiatra ou psicólogo, através das queixas apresentadas pela paciente; dependendo das queixas, pode ser necessária a realização de exames, para se descobrir a origem da falta de desejo.
 
O tratamento se faz de acordo com a causa. Quando houver problemas clínicos (doenças), a paciente deve ser encaminhada para um especialista, quando necessário (por exemplo, um endocrinologista quando houver problemas hormonais), sendo que cada tipo de diagnóstico vai requerer um tipo específico de tratamento. Entretanto, a maioria dos casos deve-se a problemas psicológicos ou problemas no relacionamento do casal, e esses deverão ser tratados por psicólogo ou psiquiatra, tentando descobrir as causas, compreendê-las e resolvê-las.
 
A anorgasmia ou disfunção orgásmica é a falta de sensação de orgasmo na relação sexual. Pode ser primária, quando a mulher nunca teve orgasmo na vida, ou secundária, quando tinha orgasmos e passou a não tê-los mais. Ainda pode ser classificada em absoluta, quando a anorgasmia ocorre sempre, e situacional quando ocorre só em certas situações (por exemplo, em certos locais em que a pessoa não se sente confortável, ou com parceiro com o qual tenha algum tipo de conflito). A mulher com anorgasmia pode aproveitar plenamente das outras fases do ato sexual, isto é, tem desejo, aproveita as carícias e se excita, porém algo a bloqueia no momento do orgasmo.
 
As causas da anorgasmia são principalmente psicológicas, envolvendo problemas nos relacionamentos interpessoais, conflitos a respeito da sexualidade, falta de conhecimento do próprio corpo e sensações, dificuldade na intimidade e comunicação do casal em assuntos sobre sexo. Problemas clínicos também podem causar anorgasmia, por exemplo, acidentes que atingem a medula espinhal, alterações hormonais, corrimentos vaginais freqüentes ou ainda anormalidades na forma da vagina, do útero ou dos músculos que formam a região pélvica (região onde se situam os órgãos genitais).
 
O vaginismo é uma contração inconsciente, não desejada, da musculatura da vagina, que ocorre quando a pessoa imagina que possa vir a ter um ato sexual. Essa contração atrapalha ou impede a introdução do pênis, a qual, se for tentada causará muita dor, sendo que na maioria das vezes o casal não consegue ter ato sexual com penetração.
 
Pode ser conseqüência de uma educação rígida que provocou muitos tabus sexuais gerando conflitos psicológicos, conseqüência de traumas sexuais (estupro ou abuso sexual) ou de experiências sexuais anteriores que tenham causado sofrimento físico.
 
O diagnóstico é feito em geral pelo ginecologista, através do relato da paciente e também pelo exame ginecológico. O tratamento consiste em identificar e tentar modificar a causa do vaginismo.
Esse tipo de tratamento é feito por ginecologistas ou terapeutas sexuais, e consiste na realização de exercícios genitais com a intenção de conseguir o relaxamento da pessoa, tentando evitar que ocorra a contração no momento do ato sexual e no entendimento das causas psicológicas associadas.
 
Esse tipo de tratamento é feito por ginecologistas ou terapeutas sexuais, e consiste:
  • no entendimento das causas psicológicas
  • na realização de exercícios genitais com a intenção de conseguir o relaxamento da pessoa, tentando evitar que ocorra a contração no momento do ato sexual.
A dispareunia é a dor genital que ocorre repetidamente antes, durante ou após o ato sexual.
 
As causas mais comuns são doenças ginecológicas (tipo corrimento vaginal ou alterações no formato da vagina) ou contração da musculatura vaginal durante o ato sexual, devido a conflitos psicológicos relativos à sexualidade.
O diagnóstico em geral é feito pelo ginecologista, também se faz pela análise das queixas da paciente e do exame ginecológico e o tratamento será de acordo com a causa, isto é, tratamento para a doença diagnosticada, feito em geral pelo próprio ginecologista ou tratamento com psicólogos ou psiquiatras, quando o problema for decorrente de conflitos psicológicos.
 
Disfunções Sexuais Masculinas
 
As disfunções sexuais masculinas mais comuns são: a disfunção erétil (impotência) e a ejaculação precoce.
A disfunção erétil conhecida como impotência, consiste na incapacidade em obter ou manter uma ereção que permita manter uma relação sexual, ou seja, o homem não consegue que seu pênis fique e permaneça duro e assim consiga ter relação sexual com penetração.
 
As causas mais comuns são:
  • doenças como diabetes, pressão alta, colesterol alto 
  • traumas ou acidentes envolvendo a medula espinhal ou o próprio pênis
  •  o fumo, uso de drogas e alguns medicamentos (principalmente aqueles usados para tratamento de problemas do coração)
  • abuso de álcool
  • causas psicológicas (medos ou tabus em relação à sexualidade)
O paciente poderá ser encaminhado ao urologista (especialista que trata esses casos), onde certos exames podem ser feitos para descobrir a causa da impotência.
 
O tratamento dependerá da causa. Para alguns casos de impotência existem medicamentos ou injeções intrapenianas, que deverão ser usados apenas com prescrição médica, pois são indicados para casos específicos. Próteses penianas ficariam como última opção, pois uma vez colocadas não há como retirá-las, e são indicadas apenas quando nenhuma outra opção funcionou.
 
É importante lembrar que muitas vezes fatores psicológicos podem causar disfunção erétil. Conversar sobre esses conflitos internos com psicólogo ou psiquiatra podem resolver o problema sem ser necessário outros tipos de tratamento.
 
A ejaculação precoce acontece quando o homem não tem controle sobre sua ejaculação, não conseguindo segurá-la até o final do ato sexual, o que leva a uma redução na sensação de prazer. Assim, a ejaculação pode ocorrer logo que o homem tem pensamentos eróticos e ereção, sem nem ocorrer a penetração, ou ainda logo após haver a penetração. A ejaculação precoce pode ser decorrente de causas físicas (doenças, traumatismos) ou mais comumente de problemas psicológicos. Quando o homem nunca teve controle ejaculatório, o mais comum é que seja por causas psicológicas (como ansiedade, primeiras experiências sexuais tensas ou ainda dificuldades no relacionamento do casal). Mas quando o homem tinha controle ejaculatório e passou a não ter mais, é necessário fazer exames com um urologista e neurologista, pois mais provavelmente a causa do problema é física. O tratamento depende da causa: tratamentos específicos para as doenças encontradas ou lesões diagnosticadas, feitos pelo urologista ou neurologista; ou psicoterapia (tratamento psicológico) para os problemas psicológicos, com psicólogo ou psiquiatra.
 
 
 

terça-feira, 2 de agosto de 2011

ESQUIZOFRENIA E OUTROS TRANSTORNOS PSICÓTICOS



Sinônimo e nomes populares:
 
Psicose, loucura, insanidade
 
O que é?
 
Esquizofrenia é uma doença mental que se caracteriza por uma desorganização ampla dos processos mentais. É um quadro complexo apresentando sinais e sintomas na área do pensamento, percepção e emoções, causando marcados prejuízos ocupacionais, na vida de relações interpessoais e familiares.
Nesse quadro a pessoa perde o sentido de realidade ficando incapaz de distinguir a experiência real da imaginária. Essa doença se manifesta em crises agudas com sintomatologia intensa, intercaladas com períodos de remissão, quando há um abrandamento de sintomas, restando alguns deles em menor intensidade.
É uma doença do cérebro com manifestações psíquicas, que começa no final da adolescência ou início da idade adulta antes dos 40 anos. O curso desta doença é sempre crônico com marcada tendência à deterioração da personalidade do indivíduo.
 
Como se desenvolve?
 
Até hoje não se conhece nenhum fator específico causador da Esquizofrenia. Há, no entanto, evidências de que seria decorrente de uma combinação de fatores biológicos, genéticos e ambientais que contribuiriam em diferentes graus para o aparecimento e desenvolvimento da doença. Sabe-se que filhos de indivíduos esquizofrênicos têm uma chance de aproximadamente 10% de desenvolver a doença, enquanto na população geral o risco de desenvolver a doença é de aproximadamente 1%.
 
O que se sente?
 
Os quadros de esquizofrenia podem variar de paciente para paciente, sendo uma combinação em diferentes graus dos sintomas abaixo:
 
Delírios:
 
o indivíduo crê em idéias falsas, irracionais ou sem lógica. Em geral são temas de perseguição, grandeza ou místicos
 
Alucinações:
 
O paciente percebe estímulos que em realidade não existem, como ouvir vozes ou pensamentos, enxergar pessoas ou vultos, podendo ser bastante assustador para o paciente
 
Discurso e pensamento desorganizado:
 
O paciente esquizofrênico fala de maneira ilógica e desconexa , demonstrando uma incapacidade de organizar o pensamento em uma seqüência lógica
 
Expressão das emoções:
 
O paciente esquizofrênico tem um "afeto inadequado ou embotado", ou seja, uma dificuldade de demonstrar a emoção que está sentindo. Não consegue demonstrar se está alegre ou triste, por exemplo, tendo dificuldade de modular o afeto de acordo com o contexto, mostrando-se indiferente a diversas situações do cotidiano
 
Alterações de comportamento:
 
Os pacientes podem ser impulsivos, agitados ou retraídos, muitas vezes apresentando risco de suicídio ou agressão, além de exposição moral, como por exemplo falar sozinho em voz alta ou andar sem roupa em público.
 
Como o médico faz o diagnóstico?
 
Para fazer o diagnóstico , o médico realiza uma entrevista com o paciente e sua família visando obter uma história de sua vida e de seus sintomas o mais detalhada possível. Até o presente momento não existem marcadores biológicos próprios dessa doença nem exames complementares específicos, embora existam evidências de alterações da anatomia cerebral demonstráveis em exames de neuro-imagem e de metabolismo cerebral sofisticados como a tomografia computadorizada, a ressonância magnética, entre outros.
 Além de fazer o diagnóstico, o médico deve tentar identificar qual é o subtipo clínico que o paciente apresenta. Essa diferenciação se baseia nos sintomas que predominam em cada pessoa e na evolução da doença que é variada conforme o subtipo específico. Os principais subtipos são:
 
  • paranóide (predomínio de delírios e alucinações)
  • desorganizada ou hebefrênica (predomínio de alterações da afetividade e desorganização do pensamento)
  • catatônico (alterações da motricidade)
  • simples (diminuição da vontade e afetividade, empobrecimento do pensamento, isolamento social)
  • residual (estágio crônico da doença com muita deterioração e pouca sintomatologia produtiva).
 
Como se trata?
 
As medicações antipsicóticas ou neurolépticos são o tratamento de escolha para a esquizofrenia. Elas atuam diminuindo os sintomas (alucinações e delírios), procurando restabelecer o contato do paciente com a realidade; entretanto, não restabelecem completamente o paciente. As medicações antipsicóticas controlam as crises e ajudam a evitar uma evolução mais desfavorável da doença. Em geral, as drogas antipsicóticas apresentam efeitos colaterais que podem ser bem controlados.
Em crises especialmente graves, ou em que não houve resposta às medicações, pode-se fazer uso da eletroconvulsoterapia (ECT) antigamente chamado de eletro-choque. Esse método é bastante seguro e eficaz para melhora dos sintomas, sendo realizado com anestesia. Uma outra possibilidade é usar antipsicóticos mais modernos chamados de atípicos ou de última geração. As abordagens psico-sociais, como acompanhamento psicoterápico, terapia ocupacional e familiar são também muito importantes para diminuir as recaídas e promover o ajustamento social dos portadores da doença.
 
OUTROS TRANSTORNOS PSICÓTICOS
 
Transtorno Esquizofreniforme
 
Os pacientes com Transtorno Esquizofreniforme apresentam um quadro clínico muito parecido com a Esquizofrenia. A diferença deve-se ao tempo limitado em que os sintomas persistem. Ou seja, os sintomas devem estar presentes por mais de um mês, porém os pacientes não devem ultrapassar seis meses com o quadro.
A remissão (melhora) deve ocorrer durante esse período, sendo que quanto mais curto for o episódio, melhor é o prognóstico. Prejuízo social ou ocupacional em função de seus sintomas podem estar presentes ou não. Pacientes que persistirem com os sintomas psicóticos por um período superior a seis meses podem receber o diagnóstico de Esquizofrenia.
O tratamento é similar ao da Esquizofrenia, geralmente necessitando de hospitalização para a realização de diagnóstico e tratamento mais adequados.
 
Transtorno Esquizoafetivo
 
Essa doença tem características tanto da Esquizofrenia quanto dos Transtornos de Humor. Em outras palavras, os pacientes que apresentam essa doença têm sintomas de esquizofrenia, "misturados" com sintomas de doença afetiva bipolar (antigamente conhecida como psicose maníaco-depressiva) ou de depressão. Esses sintomas podem apresentar-se juntos ou de maneira alternada.
Ocorre também na adolescência ou início da idade adulta e costuma ter uma evolução mais benigna que a Esquizofrenia e pior que o Transtorno de Humor.
O tratamento consiste em internação hospitalar, medicação e intervenções psico-sociais. As principais medicações escolhidas para o tratamento do Transtorno Esquizoafetivo são as mesmas utilizadas no tratamento da Depressão e da Doença Bipolar, assim como antipsicóticos.
 
Transtorno Delirante
 
Delírio é um tipo de pensamento no qual o indivíduo tem uma crença inabalável em idéias falsas, irracionais ou sem lógica. E esse é o principal sintoma apresentado pelos pacientes com Transtorno Delirante.
Para que o paciente receba esse diagnóstico, os delírios devem estar presentes por um período maior que um mês. Diferem da Esquizofrenia por esses pacientes não serem tão gravemente comprometidos em seu comportamento e linguagem. Os pacientes podem apresentar alucinações, mais comumente relacionadas ao tato e ao olfato (cheiros). O Transtorno Delirante antigamente recebia o nome de Paranóia, associando o nome da doença aos delírios persecutórios. Porém, hoje sabe-se que esses pacientes podem apresentar outros tipos de conteúdo delirante, dividindo o diagnóstico em diferentes subtipos:
 
Tipo erotomaníaco:
 
Delírio cujo tema central é que uma pessoa está apaixonada pelo paciente. Esse delírio geralmente refere-se mais a um amor romântico idealizado ou uma união espiritual do que propriamente uma atração sexual.
 
Tipo grandioso:
 
Delírios de possuir uma grande talento, conhecimento ou ter feito uma importante descoberta ainda que isso não seja reconhecido pelas demais pessoas. Pode tomar a forma também da convicção de ser amigo de um presidente ou ser portador de uma mensagem divina.
 
Tipo ciumento:
 
Delírios de que está sendo traído pelo cônjuge.
 
Tipo persecutório:
 
Delírios de que está sendo alvo de algum prejuízo.
 
Tipo somático:
 
Delírios de que possui alguma doença ou deficiência física.
 
Tipo misto:
 
Delírios acima citados misturados.
 
Tipo inespecífico:
 
Delírios diferentes dos descritos acima.
 
De maneira geral o tratamento é realizado em consultório. Internação hospitalar pode ser necessária em situações em que há presença de riscos (agressão, suicídio, exposição moral). O tratamento é feito com medicação antipsicótica e psicoterapia.
 
Transtorno Psicótico Breve
 
O Transtorno Psicótico Breve pode ter um quadro clínico muito parecido com a Esquizofrenia ou com o Transtorno Esquizofreniforme, apresentando delírios, alucinações, linguagem ou comportamento desorganizado ou com o Transtorno Delirante. Entretanto esses sintomas deverão estar presentes por um curto espaço de tempo e persistir no mínimo por um dia, e no máximo por 1 mês, melhorando completamente dentro desse período sem deixar sintomas residuais.
Geralmente encontramos situações estressantes que precipitam o quadro.
O tratamento deve ser com medicações antipsicóticas, eventualmente necessitando internação hospitalar. A evolução desses quadros costuma ser benigna com total remissão dos sintomas.
Transtorno Psicótico Compartilhado (Folie à Deux, Codependência)
Trata-se de uma situação rara na qual uma pessoa começa a apresentar sintomas psicóticos (delírios), a partir da convivência próxima com um doente psicótico.
Geralmente ocorre dentro de uma mesma família, entre cônjuges, pais e filhos ou entre irmãos. O tratamento consiste em separar as duas pessoas. Se houver persistência dos sintomas, pode ser necessário usar medicação antipsicótica. Psicoterapia e terapia familiar também ajudam no tratamento e prevenção.