"O amor, o conhecimento e o trabalho, são fontes de nossas vidas. Deveriam também governá-los". - Wilhelm Reich







terça-feira, 28 de setembro de 2010

Aversão Sexual

Definição: aversão persistente ao sexo; asco e repugnância extrema diante das relações sexuais. Este é um problema que pode afetar tanto homens quanto mulheres. A aversão ao contato sexual pode chegar a se constituir numa fobia, quer dizer, um medo irracional que leva a pessoa a evitar ou a fugir de qualquer situação erótica para não cair em um estado de ansiedade que pode ser acompanhada por tremor, suor intenso, palpitações, falta de ar ou até mesmo em um estado psicológico próprio de uma pessoa aterrorizada, durante o qual é evidentemente impossível o prazer ainda que, em algumas situações, se consiga vencer o estado de pânico inicial, e se comportar com certa naturalidade durante a relação sexual.
As causas podem ser de diversos tipos, entre eles: episódios anteriores de violência sexual e/ou experiências sexuais traumáticas; situações de conflitos conjugais graves; (por exemplo: quando existe uma terceira pessoa) uma educação restritiva e/ou que transmite idéias errôneas ou sobrevalorizadas a respeito da sexualidade (ex: dor, imoralidade, perigo de ficar doente etc.). Em alguns casos se torna difícil identificar de forma clara qualquer dessas causas citadas acima, e a manifestação desta aversão podem até criar uma grande confusão no (a) companheiro (a), que pode não compreender a situação sentindo-se rechaçado, chegando, em ocasiões, a pedir a separação. Da mesma forma que em todas as disfunções sexuais, ambos os membros do casal se vêm afetados, porém o distúrbio sexual que resulta é mais difícil de compreender e compromete seriamente a relação do casal.



















domingo, 26 de setembro de 2010

O Advogado do Diabo

The Devil's Advocate
Lançamento: 1997 (EUA)
Direção: Taylor Hackford
Atores: Al Pacino, Keanu Reeves, Charlize Theron, Jeffrey Jones, Judith Ivey, Connie Nielsen
Duração: 145 min.
Gênero: Ficção


O "Advogado do Diabo" explora a velha receita da luta do bem e do mal como substrato para outros elementos pertinentes às relações parentais. Se o primeiro tema já borbulha no coração dos homens, a ambigüidade do caráter do herói que se apresenta será enfatizada com a impossibilidade de integrar suas heranças genéticas onde bem e mal serão implantados (só no filme, é claro).
O filme propõe duas opções de conduta mutuamente exclusivas, e vai mostrando que nenhuma delas é viável, como não poderia deixar de ser, por se tratarem de aspectos isolados da personalidade humana: a ‘carolice’ de um garoto bem comportado é tão bobo diante das possibilidades de desenvolvimento da personalidade (na linguagem hollywoodiana, isto é apresentado como sucesso profissional e financeiro, infelizmente), quanto uma ‘satanice’ extremamente egocêntrica.
A resultante de duas forças deixa de existir se um de seus vetores é anulado (se o ‘diabo’ do filme conhecesse um pouco de física, não teria tido aquela reação apoteótica, literalmente dantesca, quando o ‘filho’ tomba fulminado). Claro que aí não teríamos as cenas fantásticas que se sucedem. Mas resta um outro recurso cinematográfico que devolve a coerência do enredo: transportar todo o drama para o universo interno do nosso herói – um jogo de forças internas avassaladoras, que se desencadeiam na tomada de uma única decisão, e que se processam num piscar de olhos e quando ele resolve olhar para si mesmo (não podemos esquecer que ele estava no banheiro do tribunal, diante do espelho).
A beatice da mãe e a ambição megalomaníaca do pai estão internalizadas no filho. A porta de entrada não foi somente os genes, como é explicitado no final, o pai estava acompanhando-o e influenciando-o todo o tempo de sua vida, ou poderíamos dizer, durante a formação de sua personalidade. Portanto é de se esperar que estas influências o acompanhem pelo resto da vida e somente deixem de atuar, isoladamente, quando forem adequadamente integradas (costurar este enredo nas nossas vidas com seus múltiplos elementos constitutivos parece ser o grande desafio de cada um).
Daí, a derradeira conclusão: enquanto não houver a integração entre os dois vetores que concorem para a definição de identidade do filho ele será eternamente tentado por um de seus elementos constitutivos primordiais (traduzidos no último diálogo que tem com o repórter pela oposição entre seu senso de justiça, ou melhor "um advogado com crise de consciência", versus seu narcisismo que justifica o "pecado preferido da vaidade").
Feitas estas considerações podemos elencar alguns aspectos interessantes que as justificam:

• A dualidade mãe-pai, também se repete na dicotomia bom/mal, sombra/luz, subterrâneo (metrô)/ ruas, muquifo onde mora Moyés/apartamentos alto padrão, prisão/liberdade, manipulação/livre-arbítrio...

• A mãe traduz o amparo, o acolhimento, o suporte afetivo, enquanto o pai (superestimado pela obviedade do personagem) traduz a aventura, a ousadia, a tensão, e muito propriamente colocado a personificação do "falo".

• Enquanto a mãe gera, nutre na "primeira infância", é afetiva, o pai conversa, racionaliza, leva para passear, faz o papel de herói. Aliás, muito significativa a cenas dos dois no topo do edifício e nas ruas de Chinatown.

• O processo de individuação aparece quando o filho "percebe" a existência do pai e "abandona" a mãe. Num primeiro momento ele é totalmente dependente, mas também tem os seus dias de adolescência, expressando toda sua revolta contra ambos os pais e na busca de seu próprio caminho. Ele atinge a ambos, sacrificando a si mesmo.

• A disputa entre a mãe e o pai pelo filho aparece todo o tempo, traduzindo a oposição destas forças enquanto elementos internalizados.

• A perpetuação de certos traumas através de gerações, mais propriamente explorados em fábulas e mitos também aparece em passant quando o "Diabo" menciona sua orfandade em relação a Deus. Claro que a história vai se repetir: tendo abandonado o "Pai", também será abandonado pelo filho. Sua auto suficiência será reproduzida no filho que também não precisará mais dele.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

As Cores do Sexo



Como as cores podem influenciar e qual a melhor maneira delas serem utilizadas no ato sexual. Calor, suor, pupilas dilatadas. A pulsação aumenta, os batimentos cardíacos aceleram. O sangue, que parece que vai sair pelos poros, corre nas veias até terminar em um único instante curto de prazer e gozo. Êxtase total. Os corpos quentes e suados agora permanecem inertes na cama, soltos, saboreando o momento... E a pele vermelha do calor daquele instante vai retomando sua cor natural, crua, nua, esperando que mais uma vez seus tons mudem em busca de um novo momento de prazer. Desde que a vida existe, as cores estão no universo, traduzindo em seus tons mais variados as formas de comunicação. Nas folhagens das plantas, nas pétalas das flores, nos pássaros que inflam seus peitos coloridos em busca das fêmeas, nos animais que mudam pele e cor no ritual do sexo. Por que seria diferente nos homens? Não é possível ao homem mudar de plumagem ou inflar um peito colorido, mas alguns sinais cromáticos podem ser vistos na pele quando está excitado. É possível também usar as cores como um elemento afrodisíaco de aproximação e comunicação. Algumas cores possuem um forte apelo erótico, tanto psicologicamente como fisiologicamente.

As principais são: o vermelho e o violeta (ou roxo) que influenciam sexualmente através de associações e reações cromáticas e por um conjunto sinestésico, (percepção dos 5 sentidos juntos), que pode auxiliar no momento do ato ou na preparação do ritual sexual. O vermelho é considerado uma cor afrodisíaca feminina, ou seja, possui a capacidade de fazer com que os homens se sintam estimulados sexualmente. Já o violeta ou roxo, é afrodisíaca masculina, faz a mulher se sentir estimulada. Essas reações independem da pessoa gostar ou não de uma cor. Qualquer mulher se estimula com o violeta, mesmo que a odeie. O mesmo ocorre com os homens em relação ao vermelho. Usar algum detalhe nessas cores pode fazer com que uma pessoa se sinta atraída por outra ou, no caso de já existir um relacionamento, que alguns momentos se tornem mais quentes. Já o uso exagerado pode surtir efeito contrário ou desestimulador. Na criação de um ambiente erótico e sensual que estimule o casal, devemos usar ambas as cores em detalhes da decoração e do ambiente como: roupa de cama em um tom pastel como bege ou cinza claro, com detalhes em vermelho ou violeta. A decoração do ambiente também pode possuir elementos nessas cores como: um vaso de flores, um quadro, uma luminária. O importante é saber que o uso de um lençol totalmente vermelho não terá um melhor resultado somente porque o espaço ocupado pela cor é maior; o que faz a cor ter um efeito mais forte é o seu uso subliminar, ou seja, elas devem agir e aparecer de maneira quase que imperceptível conscientemente. De um modo pessoal, as cores podem aparecer em detalhes da roupa ou das lingeries. Na mulher, um batom, um esmalte ou um brinco vermelho pequeno funciona mais do que toda uma roupa vermelha. Nos homens, uma gravata, um detalhe na blusa, uma listra, um bordado, um detalhe na cueca também são mais eficientes do que uma camisa toda violeta. Para completar o clima sensual e erótico, esse conjunto pode ser reforçado pelo uso das associações sinestésicas dessas cores que são: para o olfato aromas doces e fortes como qualquer perfume afrodisíaco; na audição, sons com uma forte marcação de fundo, semelhante aos batimentos cardíacos, como no Bolero de Ravel, ritmos como tangos de Astor Piazzolla, qualquer som sensual como o de um sax, mas sempre instrumentais; e para o paladar, sabores fortes e picantes. Com isso, a cor exerce uma influência completa em que todos os cinco sentidos são afetados. Algumas outras cores podem ser usadas em um momento de relaxamento entre o casal, como o verde ou lilás, sempre em tons claros. E se a idéia é uma relação com bom-humor, uma pitada de laranja ajuda, já que é uma cor que levanta o astral. Mas evite sempre o amarelo, que tenciona demais o sistema nervoso, o azul, porque relaxa em excesso, e o branco que, por ser a junção de todas as cores, pode causar inquietação. Em posse dessas funções e reações cromáticas podemos até camuflar, aumentar ou diminuir sensações, mas, a tonalidade que nossos corpos apresentam no momento de prazer e gozo total não pode ser pensada, fingida ou planejada. Portanto, uma pele enrubescendo, uma pupila dilatando, reforçando suas cores e vasos sangüíneos, os lábios mais rubros e as extremidades do corpo mais avermelhadas, são sinais de desejo. Observe esses sinais, junte a eles um pouco mais de cor e obterá momentos inesquecíveis de prazer.



sexta-feira, 17 de setembro de 2010

TESTE DO DESEJO SEXUAL INIBIDO


A seguir apresentaremos 15 frases que você deverá pontuar de 1 até 9 , onde 1 ponto corresponderia à afirmação "não se aplica em absoluto" e 9 corresponderia à "aplica-se em sua totalidade":


Avalie cada uma das afirmações de acordo com o seu caso.

1. Penso muito pouco em sexo.

2. O sexo em geral não me traz muita satisfação.

3. Nunca inicio as relações sexuais.

4. Com freqüência evito as aproximações de minha parceira (o) para fazer amor.

5. Quando minha parceira(o) se mostra romântica(o), é difícil estar com humor para o sexo.

6. Em geral me sinto sem atrativos e não desejado.

7. Nunca me masturbo.

8. Quando estou fazendo amor habitualmente me sinto distraído e distante.

9. Não sou uma pessoa apaixonada.

10. O impulso sexual de minha parceira(o) é muitíssimo mais forte que o meu.

11. Estaria perfeitamente feliz em deixar o sexo fora de minha relação se isso não fosse me causar problemas.

12. Nunca tenho fantasias sexuais.

13. Os desacordos por freqüência nas relações sexuais são correntes e sempre levam a discussões e mágoas.

14. É freqüente que eu invente desculpas para evitar ter relações sexuais.

15. As vezes, durante a noite, finjo dormir para que minha parceira(o) não tente fazer amor comigo.



Veja abaixo como obter sua pontuação.

Passo 1: Some os pontos das respostas dadas as afirmações que vão de 1 a 10. Anote o total na linha A.
Passo 2: Some os pontos das respostas dadas as afirmativas de 11 a 15. Anote o total na linha B.
Passo 3: Multiplique por 2 (dois) o número da linha B e anote na linha C.
Passo 4: Some os números das linhas A e C e obterá a sua pontuação.

linha A:
linha B:
linha C:

A+C = Pontuação Total.

Interprete o seu Resultado:

Pontuação Total.

Abaixo de 90: Indica que é improvável que você sofra de Inibição de Desejo Sexual.

Entre 90 e 120: Aumenta a possibilidade de uma Inibição de Desejo Sexual, porém não se pode determinar com clareza.

Entre 121 e 140: Está sofrendo uma Inibição de Desejo Sexual, porém, não se constitui um diagnóstico seguro.

Superior a 140: Indica que padece de tal Inibição, ainda que um diagnóstico definitivo só poderá estabelecer-se através de uma avaliação clinica.


Observação:

No caso da pessoa cuja pontuação se encontre entre as últimas categorias, (121 ou mais) e a falta de interesse pelo sexo é vista como problemática, sugerimos que procure um Psicólogo Especializado.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O Ponto G

A Área em vermelho indica o Ponto G

O dedo indicador se encontra na vagina e o outro no reto.

Essa figura é um corte de um exame ginecológico reto-vaginal.

O ponto G é uma área da vagina onde supostamente há uma grande concentração de terminações nervosas, logo, a mulher teria uma maior sensibilidade. O ponto G foi denominado assim em homenagem ao seu descobridor, um médico alemão chamado Grafenberg. Ainda há muita controvérsia sobre esse tema, e alguns médicos garantem que este não existe.
Da nossa parte afirmamos, existe. E tentaremos passar o caminho das pedras para que você mesmo o ache, caso não já tenha feito.
Existem muitas pessoas que dizem que o ponto G está a uma certa distância dentro do canal vaginal, isso não faz sentido uma vez que o comprimento do canal varia. É igual a falar que a metade do pênis fica a 60mm da base, isso só é verdade se o pênis tiver 120mm de comprimento.
A forma mais adequada para se achar o ponto G, é introduzir o dedo na vagina até tocar o colo do útero, ao fazer isso, meça mentalmente o comprimento do canal e coloque o dedo no meio. Alguns dizem que este lugar é mais rugoso que o resto, a experiência mostrou que de início não é possível identificá-lo desta forma. À medida que você vai massageando e excitando o ponto, aí sim ele fica mais áspero. Por várias vezes foi notado o surgimento de uma linha, provavelmente um músculo que se contrai, essa linha é o ponto de maior excitação para a mulher, abuse de brincar ali, o resultado vai ser eletrizante.

O ponto G, diferentemente do clitóris, é um local onde você deve usar uma certa dose de força para excitá-lo. Abaixo há algumas formas para você tocá-lo.

1. Vibre um dedo no sentido horizontal, paralelo ao ponto G, bem rapidamente, vibre como se o seu dedo fosse um vibrador, quanto mais rápido melhor, tome cuidado para não esbarrar com a unha, se não o tecido do canal vai ser lesionado:

2. Faça força na vertical, mais ou menos como se você quisesse espremer uma uva. Use uma certa dose de força.

3. Massagear em movimentos circulares

4. Massagear em forma de oito

5. Movimente o dedo para frente e para trás

6. Algumas estocadas fortes, como se o seu dedo fosse um pênis também é muito bom

7. Usar dois dedos, ou mais se for o caso.

8. Tente encostar a língua no Ponto G. Use as duas mão para abrir com cuidado a vagina e enfie a língua lá dentro com toda a força.

9. Também há a massagem em forma de V

10. E por fim, faça uma massagem caótica, misture tudo e veja se dá certo também, as vezes funciona.



quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Criando, Cuidando e Convivendo com Portadores de TDAH.


Denis, O Pimentinha - Desenho dos anos 80 inspirado em criança com TDAH (Pobre Sr. Wilson!!)

Ao longo dos anos e em 10 anos de trabalho como psicóloga, analisei o parâmetro de como existe uma grande quantidade de adultos e crianças portadores de Déficit de Atenção e Hiperatividade.
Na verdade, não existem somente as regras básicas de diagnóstico de pessoas com o transtorno, mas acredito que cada pessoa tem um comportamento mais acentuado que outros. As diferenças entre crianças e adulto não ficam tão distantes, a diferença está nos ambientes: Escola e Trabalho.

Os principais sintomas em ambas as situações são:

• Distração (parece que está sempre “voando”, não presta a atenção necessária para os assuntos).

• Memória (principalmente a falha, sempre esquecido, por muitas vezes querer se comprometer em muitos assuntos acaba se perdendo, costuma perder seus objetos).

• Estresse (por querer “abraçar” muitos compromissos e não conseguir executar todos ao mesmo tempo, irrita-se com muita facilidade).

• Impulsividade (fala e age muito sem pensar).

• Impaciência (não sabe esperar o seu momento, geralmente também é portador de TOC (balança os pés, as pernas, mexe ou troca objetos de lugar etc).

• Tem dificuldade de realizar suas tarefas (geralmente ficam inacabadas, principalmente por serem muitas e todo o tempo precisam ser lembrados).

• Desempenho intelectual (é dito que o TDAH tem uma QI inferior por não conseguir acompanhar aulas, palestras).**
Estes principais sintomas encontrados em crianças e adultos, mas durante muitos anos esse parâmetro não mudou dentro dos livros de psicologia e psiquiatria, que também por muitos anos o TDAH era tratado com medicamentos como a ritalina.
Em atendimentos psicoterapêuticos realizados em crianças e adultos, pude constatar que os principais sintomas tiveram algumas modificações, mas que foram ignorados pelas linhas psicológicas e assistências. Um erro que constatei como sendo grave é o desempenho intelectual, pois, a partir do momento que isso é implantado na sociedade como uma conseqüência, o portador fica marcado para o resto da vida com um ser sem expectativas profissionais.

Avaliação através de testes.

Aplicando testes como Bender, QI e subtestes de WAIS (compreensão, semelhança, vocabulário, armar objetos, matemática) em crianças hiperativas, constatei que ao final dos resultados obtidos, existia uma porcentagem alta de crianças com desempenho exemplar e de bom entendimento ao teste aplicado (não foi preciso repetir as informações referentes ao teste). Apenas 2 casos foram demonstrados um baixo rendimento*(1).

Pode-se pender a atenção da criança e do adulto sabendo apresentar o sentido fundamental do material trabalhado. Não mostrando seu lado mecânico e saturado, mas sim, transformando em uma brincadeira (no caso infantil) e acrescentando a boa e velha troca. Os adultos compreendem a necessidade do trabalho executado e não relutam ou se negam a fazer o teste, sabendo que em muitas das vezes é um benefício próprio como, por exemplo, no ambiente de trabalho, melhoria de desempenho e memória.

Conclusão: O desempenho intelectual pode ser alto e não necessariamente crianças e adultos possuem deficiências psicológicas ao ponto de destruir seu status dentro do meio sócio-cultural.

Como trabalhar em consultórios com crianças hiperativas?

Em grande parte dos casos, as crianças portadoras de TDAH são frutos de conflitos familiares, genéticos e até mesmo problemas com álcool e drogas durante o período gestacional da mãe.
É unânime que em todos os casos de crianças muito “bicho carpinteiro”, os pais são separados, estão sempre em conflito conjugal deixando espalhar pelo ambiente social e familiar, pais que trabalham muito e não aproveitam seu tempo de lazer com os filhos, crianças que são crianças com outros parentes permissivos como os avós. Estas crianças são grandes problemas para os pais que não sabem lidar com seus filhos e acreditam que o problema seja inteiramente causado pelo meio ou a mãe acaba sedo a maior culpada. Na verdade, quem deveria estar primeiro em consulta são os pais para uma avaliação psicológica sobre o entrosamento com a criança e conjugal. Logo após é iniciado uma avaliação da criança com relação o seu entrosamentos com os pais, familiares e a escola.
O diagnóstico na maioria dos casos é a terapia familiar, mas muitas famílias se recusam a este tipo de tratamento por acreditar que o problema é única e exclusivamente da criança (mas como se a criança não é um ser independente dos pais?). Então para que o psicólogo não seja discriminado ainda mais por sua avaliação psicológica é dada a largada para o atendimento infantil que pode ser um meio de atingir a atenção dos pais para um problema familiar e não único.
O caso de adultos com TDAH tem consciência do problema, mas se recusam a serem atendidos, pois graças ao modelo social implantado é considerado louco e incompetente o ser humano que necessita de cuidados médicos especiais. Em outros casos em que o adulto se predispõe ao atendimento, tem consciência do bem estar que irá obter.

** Existem muitos casos de Crianças e Adultos com TDAH com um QI bastante diferenciado. Isso torna-se mais que um problema, pois a sociedade cobra mais por ser mais inteligente que a maioria e naturalmente não deveria ter algum tipo de desvio no intelecto. Grande erro...







domingo, 5 de setembro de 2010

Fetichismo



Bettie Page: A pioneira em Fetichismo, Bondage e Dança Buslesca na década de 50.

Conceito: Fetichismo é a tendência erótica para coisas inanimadas que, direta ou indiretamente estão em contato com o corpo humano ou para determinadas partes do corpo da pessoa amada. O Fetichista tem o fetiche como o elemento necessário e suficiente para sua excitação sexual.
Em outras Palavras: O Fetichista utiliza objetos inanimados ou atenta apenas para uma determinada parte do corpo da outra pessoa para obter satisfação sexual.

O Fetichista é incapaz de amar a outra como uma pessoa real. Consegue amar apenas uma parte dela, ou um objeto que ela use. Exemplo: mãos, pés, nádegas, mamas, sua calcinha, seu sutian, suas meias, etc.

Existem diversas formas de Fetichismo:

Fetichismo Corporal:
• Fetichismo das extremidades superiores.
• Fetichismo das extremidades inferiores.
• Fetichismo dos cabelos.
• Fetichismo dos olhos, nariz, orelhas e boca.
• Fetichismo do tronco.
• Fetichismo das regiões defeituosas. Fetichismo Impessoal:
• Objetos para fins exclusivos de adornos.
• Objetos que estão em contato com a outra pessoa, não obrigatoriamente com fins de adorno.
• Objetos de origem animal.
• Objetos variados.

Alguns exemplos de Fetiches:
O Fetichista não necessita da presença da outra pessoa para completar seu prazer sexual. Ele pode, por exemplo, obter orgasmo se masturbando com seu objeto de prazer (fetiche).

O Fetichismo pode vir acompanhado de outras anomalias ou desvios sexuais tais como Sado-Masoquismo, Podofilia, Pedofilia, Homossexualismo, etc. (Vide Classificação Internacional de Doenças, da Décima Conferência de Genebra, em CID-10 ).

A psicologia considera que todas as pessoas são fetichistas em algum grau. Cada uma se sentindo atraído por determinado estilo de vestimenta ou por indivíduos dotados de certos atributos ou características físicas. O que não é normal é a pessoa não conseguir obter prazer sexual sem o seu fetiche.

Como diz o ditado popular: "o que seria do amarelo se todos gostassem do azul". É muito comum homens se excitarem frente a mulheres vestidas com algum tipo específico de roupa, como: couro, borracha, lingeries, etc. Outro exemplo são homens presentearem suas amadas com algum tipo de roupa erótica para que ela lhe pareça mais atraente. E neste caso cada um tem sua preferência pessoal. Isto é considerado normal desde que estes objetos não substituam a cópula (que não sejam considerados mais importantes que a outra pessoa), mas sirvam apenas para aumentar o interesse sexual.

Embora possamos normalmente admirar certas características particulares da outra pessoa, isto não deve ser todo o objeto amoroso como ocorre no fetichista. Elas seriam secundárias em relação a um todo físico e psíquico (da pessoa amada) que forma, em conjunto, a personalidade humana.

Em outras palavras: enquanto as pessoas consideradas sadias se satisfazem sexualmente com outra que lhe atrae como um todo (físico, mente, intelecto e carater), o fetichista se excita com apenas alguma particularidade desta pessoa ou, simplesmente, com um objeto que a ela pertence. Exemplos: calcinhas, sutians, sapatos, as mãos, o nariz, até mesmo um defeito físico.

O Fetichista não consegue obter prazer sexual sem o seu fetiche.
Eduardo Alves Coelho (em seu livro SEMIOLOGIA SEXUAL - 1979) cita o relato de Pellegrini sobre um indivíduo que tinha por costume sugar o dedo de uma prostituta, e seu prazer era tanto maior quanto mais sujo estivesse o dedo.
As tendências fetichistas são muito usadas pela mídia para suas propagandas comerciais. Exemplos são as belas mulheres provocantes, semi-nuas, ou mesmo despidas, em propagandas de bebidas, carros, roupas, etc. Eu já ví sua utilização até mesmo em propagandas de remédios como anti-inflamatórios, cremes ou pomadas para doenças da pele.
A sociedade atual está desenvolvendo e explorando cada vez mais o fetichismo, por isso faço as seguintes considerações:

• Se o fetichista sofre de profundos sentimentos de culpa e inadequação sexual, se mostrando muitíssimo ansioso frente a situações sexuais;

• Se o fetiche, enquanto obsessão e única forma de obter prazer, impede o total relacionamento entre duas pessoas, então:

O que seria se as pessoas não mais amassem umas as outras na sua totalidade, pelo conjunto harmônico de sua beleza física, mental, intelectual e carater, mas sim as desejassem apenas por um de seus objetos de uso pessoal, ou por um de seus órgãos ?

Seria a enorme variação de fetiches o caminho, sem retorno, para uma alteração desastrosa da sexualidade ou do comportamento humano ?