"O amor, o conhecimento e o trabalho, são fontes de nossas vidas. Deveriam também governá-los". - Wilhelm Reich







quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Depressão Pós Parto



A gestação é um período pelo qual as mulheres passam por diversas alterações no seu organismo de diversas ordens, desde as mais simples alterações posturais decorrentes da mudança do seu centro de gravidade, alteração da marcha, allterações cardiovasculares em função do aumento do volume de sangue, e conseqüentemente aumento da frequência cardíaca, alterações metabólicas, etc. Entretanto as alterações que sofrem no corpo, na mente e no mente da mulher em gestação são muito mais profundas, e algumas indecifráveis, tanto que muitas mulheres após darem a luz a seus filhos, têm o que se chama depressão-pós parto.
Sabe-se que o período pós-parto é um período da vida da mulher em que o risco psiquiátrico é muito maior, ocorrendo com bastante frequência a depressão pós-parto, conhecida também como postpartum blues. A depressão pós-parto é bastante comum e devido a variação de intensidade em algumas mulheres que são fortes, ela passa como um problema decorrente da gravidez e não tem uma avaliação maior, no entanto em outras a depressão pós-parto pode ter uma intensidade bastante séria, dificultando que se estabeleçam os vínculos afetivos entre mãe e bebe, vínculos estes tão importantes nesse primeiro momento da vida do recém-nascido, que podem refletir na psicologia infantil dos relacionamentos inter-pessoais a serem estabelecidos pela criança no futuro.
Hoje com as pesquisas e avanços tecnológicos que possibilitam uma investigação mais profunda, pode-se estabelecer algumas das causas da depressão pós-parto e assim prevenir em alguns casos. A causa mais comum dessa doença são as alterações hormonais ocorridas durante a gravidez e parto, especialmente os níveis de progesterona e estrogênio, os hormônios sexuais feminino e masculino, trazendo alterações no matebolismo que favorecem a instalação da depressão pós-parto.
Os fatores de ordem psicológica também são muito importantes neste quadro, pois em um curto espaço de tempo a mulher passa a ter sentimentos e emoções conflituosos em relação a si mesmo, ao bebe e ao companheiro, e também como filha. No período da gestação a mulher fica notóriamente mais sensível, e o pós parto pode ser o período em que todas essas emoções deságuam, trazendo a mensagem das consequências positivas e negativas daquele período. Algumas mulheres, por exemplo, não conseguem ter relações sexuais durante o período em que amamentam seus bebes em virtude de conflitos internos com relação a sua própria auto-imagem de mulher e mãe.
No entanto é importante estabelecer que a depressão pós-parto não tem a ver com os sentimentos que a mãe nutre pelo filho, ao contrário, a maioria das vezes ela sofre muito mais por não dar a atenção que entende que o filho precisa para ser um bebe feliz. A depressão comumente apresenta seus sintomas na primeira semana após o parto, e deve ser tratada como uma doença que afeta as mulheres , com acompanhamento médico e psicológico, para que a mãe possa voltar a seu perfeito estado de saúde o mais breve possível.
Outra Visão

Nos dias atuais muito se ouve falar em estresse e depressão, mas poucas pessoas sabem realmente os transtornos e riscos que envolvem esta Doença e o quanto pode ser difícil a realização de um diagnóstico correto. A depressão pós-parto, assim como muitas outras formas de depressão são comumente confundidas, com desvios de conduta ou traços exacerbados da personalidade de quem apresenta as mudanças de comportamento e muitas vezes estas pessoas não são devidamente encaminhadas a um tratamento por falta de esclarecimento.
Novidades

No caso específico da depressão pós-parto, a boa notícia é que, pesquisadores da Espanha desenvolveram um método inovador que promete um diagnóstico precoce em até 80% dos casos, sendo assim é possível realizar um tratamento prévio evitando os efeitos danosos desta depressão. Esta possibilidade vem melhorar muito a Qualidade de Vida, tanto da futura mamãe como de todas as pessoas da família, pois os distúrbios gerados em uma depressão pós-parto trazem sérios problemas para a mãe, o bebê, o pai e todas as demais pessoas que possam estar envolvidas nesta relação familiar. A pesquisa realizada em hospitais da Espanha durante os anos de 2003 e 2004 fez um levantamento histórico de aproximadamente 1.400 pacientes. Estes dados serviram de base para a criação de um método de avaliação no qual são considerados todos os fatores de risco já conhecidos.

Considerações
Este teste é capaz de mensurar a intensidade e a existência dos fatores de risco, entre eles podemos citar: possíveis oscilações emocionais na gestação, existência de problemas psiquiátricos em familiares, a inexistência de apoio na gestação, ocorrência de comportamento neurótico ou tendência para o mesmo, as taxas de serotonina são observadas, e também existem uma série de fatores externos como, por exemplo, o desemprego, baixa Auto Estima, crises financeiras na família, situações traumáticas de morte ou outros episódios que tenham gerado períodos de depressão, ocorrência de parto difícil ou prematuro, etc

Riscos

Outro aspecto importante se refere a idade da mãe bem como se ela trabalha ou não, pois os índices de risco diminuem muito em casos de mães mais maduras e ativas profissionalmente. O levantamento dos dados a cerca do estado emocional da mãe pode e deve ser realizado pelo próprio obstetra responsável pelo pré-natal, pois em caso de necessidade é preciso ter Agilidade. O tratamento deve ser iniciado o quanto antes para que, no momento da chegada do bebê, a futura mamãe esteja emocionalmente equilibrada. Portanto, mamãe, Fique Alerta quanto a esta possibilidade, converse com seu médico e esteja gozando de plena saúde neste momento tão especial de sua vida!



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