"O amor, o conhecimento e o trabalho, são fontes de nossas vidas. Deveriam também governá-los". - Wilhelm Reich







terça-feira, 23 de novembro de 2010

TRÊS DICAS BÁSICAS PARA UMA VIDA SEXUAL SAUDÁVEL E PRAZEROSA



1. Sexo não se nasce sabendo, aprenda com seu corpo!

Uma das maiores causas de problemas sexuais está na desinformação e na falta de conhecimento do próprio corpo. Se não sei como reajo ao estímulo sexual, quais partes de mim são mais sensíveis ao toque, como poderei tirar maior prazer de mim mesmo e de um parceiro? Busque orientação especializada! Em algum momento, na sua intimidade, vasculhe seu corpo, observe-se no espelho, compare os pontos de seu corpo que mais lhe provocam sensações prazerosas. Para ensinar um parceiro a lhe dar satisfação, é necessário que você o ensine. Não há vergonha alguma em aprender. Geralmente o processo de descoberta e de aprendizado por si só já é bastante afrodisíaco.

2. Não focalize sua atenção no orgasmo e sim, nas sensações!

Se você inicia um envolvimento sexual ansiando logo pelo prazer final, há uma grande probabilidade de haver, cedo ou tarde, alguma forma de frustração, sua e/ou de seu parceiro. A rotina impera! O objetivo passa a ser o fim, e não o meio. No sexo, as coisas não funcionam assim. O orgasmo é o coroamento de um relacionamento sexual, muito desejado, necessário, mas não indispensável em todos os momentos. Por vezes, experimente gratificar seu parceiro, dar-lhe boas sensações, prorrogar ao máximo o clímax dele. Deixe passar essa vez, adie para o próximo encontro. É, sem dúvida, um tempero importante para resgatar o desejo em um casal.

3. O risco como afrodisíaco: limites para a saúde sexual

Buscar sexo em situações proibidas e de risco é uma via de duas mãos. Sabemos que o medo de leve intensidade pode estimular o desejo sexual. No entanto, qual é o limite de exposição a um risco, e em que circunstâncias devemos interromper a atividade sexual para não sofrermos danos?

Você não Sabe a Resposta!

A Fantasia é um substituto eficaz e seguro para a pessoa que precisa de riscos e proibições para se estimular sexualmente. Fantasie junto com seu parceiro, crie histórias, não há limites para os sonhos. Mas envolva-se sexualmente com segurança. O uso de camisinha e de algum outro método contraceptivo é de vital importância para a prevenção a danos. Não produza preocupações desnecessárias (já bastam as que vêm espontaneamente).

A tensão desvia o prazer.



segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Insônia



O que é ?

É a condição de quantidade ou qualidade insatisfatória de sono que persiste durante mais de um mês. Há três formas básicas de insônia, a do início, a do meio e a do fim do sono, sendo a primeira a mais comum. As mulheres, pessoas de vida estressante e os idosos são os mais atingidos. Quando a insônia é experimentada repetidamente, ela pode levar a um aumento do medo de falta de sono e uma preocupação com suas consequências. Isso cria um círculo vicioso que tende a perpetuar o problema do indivíduo.

Generalidades

Frequentemente os pacientes com insônia querem enfretar a insônia se auto-medicando ou tomando bebidas alcoólicas, conduta que por si já pode trazer a esta pessoa vários problemas como a dependência da substância usada, além de mais insônia. As noites mal dormidas podem gerar dores físicas pela manhã, cansaço mental ao longo do dia, tensão emocional, irritabilidade, preocupações consigo próprios. A importância de se buscar o médico para tratar a insônia está antes de tudo determinar as causas quando possível e ao se tomar um indutor do sono, que se faça sob supervisão porque a maioria dessas medicações pode levar a dependência se tomada erradamente.

Tratamento

O primeiro passo para se tratar a insônia é pôr ordem na própria vida, não dormindo durante o dia mesmo que tenha acordado cedo demais, praticando esportes regularmente, não tomando mais do que cinco xícaras de café ao dia, não tomando café após as 16:00h (bem como as demais substâncias que contêm cafeína). Evitando atividades excitantes antes de dormir como exercícios pesados ou filmes tensos, cuidando da alimentação, procurando atividades tranquilas antes de dormir como a leitura. Não lutar contra a insônia, caso não consiga dormir em 30 minutos, levantar-se da cama e procurar uma atividade leve até que o sono chegue sem aborrecer-se com a hora ou com a necessidade de descançar.

Tendo os procedimentos falhado pode se passar para a tentativa de resolver o problema com medicações. Os hipnóticos clássicos (benzodiazepínicos) não resolvem casos demorados, devem ser dados por prazos de até um mês. Várias outras medicações podem ser tentadas isso dependerá de cada médico. Recentemente uma substância vem sendo usada com grande interesse pela comunidade médica, a melatonina. A melatonina é um hormônio, portanto é melhor aceito pelo organismo, é um potente e indutor do sono natural. Esta substância é vendida no EUA como alimento e não como medicação.



terça-feira, 9 de novembro de 2010

DICAS PARA ELEVAR SUA AUTO-ESTIMA



 Seja positivo: Evite todo e qualquer pensamento negativo, cada vez que identificar um pensamento negativo, substitua imediatamente por um positivo. Somente uma postura positiva e otimista é capaz de trazer bem-estar físico e mental.

 Enfrente suas sombras. Reconheça seu lado ruim, negativo e faça uma análise do que deseja mudar em você e na sua vida e procure melhorar. Comece mudando sua maneira de se tratar, sendo mais amoroso com você como seria com alguém que ama.

 Evite as comparações. Ficar se comparando com quem quer que seja não o fará se sentir melhor, pois as pessoas são diferentes, possuem necessidades, desejos e históricos de vidas diferentes.

 Reconheça seu valor. Perceba que seu valor enquanto pessoa não pode e nem deve ser baseado na maneira como foi tratado, ainda que isso tenha durado toda sua vida. Não permita mais ser desrespeitado ou maltratado, seja por quem for.

 Não espere que os outros mudem para ser mais feliz. A mais importante mudança é aquela que acontece dentro de você!

 Enfrente o medo. É importante lidar e enfrentar o medo que as pessoas ou situações provocam e compreender que a percepção de si mesmo está baseada na conseqüência de fatos que já passaram. Você não pode mudar seu passado, mas pode mudar seu presente.

 Evite relacionamentos negativos e/ou pessoas críticas: Receber críticas negativas é pior do que não receber qualquer atenção. Se você convive com alguém que sempre te faz se sentir sem valor algum, afaste-se dessa pessoa.

 Identifique suas necessidades. O que você espera receber dos outros pode ser aquilo que não recebeu quando criança de seus pais. Não espere receber dos outros o que só você mesmo pode se dar.

 Aprenda com os erros e com a experiência passada, mas não fique se punindo por ter errado, nem lamentando e muito menos se acomode nas situações. Mude o que deseja!

 Valorize sempre suas conquistas! Pare de supervalorizar o que o outro tem ou faz e desvalorizar as próprias conquistas.

 Invista em você. Faça uma lista de coisas boas que pode fazer por você! E faça todo dia uma delas. Pode ser coisas simples como dançar, ler, descansar, ouvir música, caminhar.

 Quando possível, tenha contato com a natureza, ande descalça na terra ou na areia para repor as energias.

 Escreva um diário e desabafe tudo nas páginas em branco. Isso ajuda a organizar a mente.

 Aprenda a aceitar elogios! E também se faça muitos.

 Busque seus sonhos! Pense onde os deixou e vá em busca deles. A cada vitória sua autoconfiança cresce e se fortalece.

 Respeite seus limites: aprenda a dizer não!

 Não queira mudar as pessoas, mas você pode mudar sua reação diante do que te fazem. "As situações não são nada, nossa atitude diante delas é tudo."

 Respeite sempre seus sentimentos: seja coerente entre o que pensa, sente e age.

 Se não está contente com seu corpo, mude alguns hábitos, pois se fizer tudo como sempre fez obterá os mesmos resultados.

 Identifique suas qualidades e não só os defeitos. Pare de se criticar!

 Não se culpe: não julgue situações passadas com valores do presente. Perdoe-se!

 Ouça a intuição, pois aumenta a autoconfiança.

 Reconheça suas conquistas e celebre cada uma delas!

 Mantenha o diálogo interno, ou seja, converse muito consigo mesmo(a).

 Acredite que merece ser amado(a) e é especial.

 Ame-se muito!

 Faça psicoterapia. O autoconhecimento obtido através do processo da psicoterapia poderá fazer com que reconheça seus reais valores e liberte-se do complexo de inferioridade que acorrenta e aprisiona.

 E acredite acima de tudo em você, isso faz toda a diferença!

 Comece tudo isso hoje!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O Diabo Veste Prada


Ontem, conversando com a amiga psicanalista, Paula Muniz, sobre as amizades e as disavenças da vida, ela me apresentou um video de uma psicanalista que apareceu na GNT, chamado Jorge Forbes. Só vi um trecho dele intitulado, sucesso.
Ao terminar o video, o primeiro filme que me veio a cabeça foi O Diabo Veste Prada. E vc me pergunta o por quê se o filme fala de moda e relacionamento profissional e amoroso?
Não, não há só isso! Não há somente Anne Hathaway as voltas com a poderosa Meryl Streep na pele de Miranda Priestly, uma mulher firme, determinada, seca e severa consigo mesma e quem estiver diante de seus óculos Luiz Del Prada.
Falemos aqui sobre o Sucesso.
Neste filme, mostra a vida de uma jornalista que já tentou de tudo e não conseguia um emprego descente, até que consegue na revista de moda, Runway. Ela tem amigos, um namorado e frequenta bares e festinhas, uma vida normal e sem muito luxo, discreta, mas com sede de vencer.
Ao deparar com a estrutura sádica e psicótica de Miranda, ordenando isso e aquilo de seus empregados, se vê a beira de mais um futuro fracasso na área do seu desejo. Com alguns conselhos do grande Stanley Tucci, ela tenta buscar a atenção da chefe para seu trabalho e a determinação de vencer e progredir dentro dele. É aí que o comentário de Jorge Forbes entra em cena.
" O sucesso afasta as pessoas, assusta e lhe deixa angústiado".
Anne, começa a entrar no esquema do emprego, aprende moda, boa vestimenta para certas ocasiões, começa a progredir e ter a atenção de Meryl. Mas, ao fundo deste grande cenário de felicidade e corre-corre, seus amigos e seu namorado se afastam dela, pois não tem mais tempo para bares, encontros e aniversários. Isso não é que ela esteja muito atarefada para dar atenção, mas sim, a inveja dos que vivem a sua volta.
A inveja da progresso, do sucesso, do bom salário, do sorriso de alívio e da atenção de outros. Ser feliz próximo daqueles que não tem um campo de visão mais amplo do mundo, traz o afastamento, a discórdia e a inveja.
Ela se angustia.
Ela, as duras penas fica entre o sucesso no trabalho e os companheiros que não compreendem porque ela não tem mais tempo, viaja e está sempre elegante. Mesmo que aquilo não tenha sido o sonho dela desde muito tempo, mas é satisfatório. O sonho é a ponte para a consciência e o desejo.
Meryl não é uma pessoa totalmente angústiada e durona com ela somente, mas a vida a fez assim e, ela faz isso para que seus empregados cresçam também, assim como ela teve de crescer para ser o que ela se tornou: uma mulher rica, poderosa e inteligente. Mas como é super bem sucedida, perdeu esposos, amigos, vive no silêncio de seu escritório em sua residência observando todas as noites a Boneca. Porque não há mais nada o que fazer. Continuando a dizer: o sucesso assusta as pessoas e elas se afastam. É triste, mas infelizmente é verdade e aos poucos, os laços de Mario Quintana se transformam em nó. E aí, meu caro, não há muito o que fazer. Ou você desiste de tudo para ficar ao lado daqueles que te "amam" como fez Anne e vá trabalhar em um jornal local ou continue às voltas com sua chefe tomando Pastis* e observando pela janela as luzes de Paris.

O que você deseja para a sua vida?

* Bebida francesa a base de Anis.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O QUE É PSICOTERAPIA DE CASAIS?



É uma terapia conjunta, centrada no relacionamento amoroso, visando:

• Melhorar a comunicação

• Enriquecer os comportamentos positivos

• Desenvolver habilidades de resolução de problemas

• Mudar padrões de comportamentos que levam à discórdia conjugal

• Aliviar problemas sexuais

• Reestruturar padrões de pensamentos disfuncionais e prejudiciais

• Buscar a diminuição progressiva dos conflitos destrutivos

• Avaliar as crenças quanto ao relacionamento

O objetivo maior na terapia de casal é a satisfação conjugal.

Por que os casais procuram a terapia

Há muitos problemas que podem levar um casal a procurar a terapia conjugal, tais como aumento das discussões, insatisfação na área sexual, dificuldades específicas ou um conjunto de problemas que não conseguem resolver, uma tentativa de salvar o relacionamento antes de se separar, incapacidade para resolver conflitos, etc.

Como é a terapia

Inicialmente é feita uma avaliação cuidadosa do relacionamento através de reuniões conjuntas e se necessário entrevistas individuais, esboçando-se um plano de tratamento.

Se a terapia de casal for a mais indicada para os parceiros, o tratamento seguirá com sessões de terapia semanais, com duração de 50 minutos.

A terapia é realizada com a colaboração participativa do casal, as intervenções e técnicas ensinadas pelo psicólogo e as atividades concluídas entre as sessões.

A quem não se destina

Existem alguns casos em que a terapia de casal tem menor probabilidade de ser eficaz, tanto por falta de envolvimento de algum dos parceiros, quanto por problemas específicos que devem ser resolvidos primeiro através de psicoterapia individual.

Antes de se iniciar um trabalho conjunto o psicólogo avalia estas dificuldades nas sessões iniciais e poderá indicar a psicoterapia individual, conforme o caso.

A terapia de casal não é indicada para quem:

• Não quer abandonar um caso extraconjugal

• Já decidiu pela separação, pois ambos têm que estar dispostos a apostar na relação, para ver se ela pode melhorar (nesse caso, se o casal quiser, pode ser realizada uma intermediação do psicólogo para uma separação amigável, o que é chamado de Mediação de conflitos).

• Teve vários relacionamentos instáveis devido a uma perturbação de personalidade ou de caráter

E também quando:

• Há abuso físico

• Dependência de álcool ou drogas

• Nunca houve atração ou paixão entre o casal

Nos caso de violência física e/ou dependência de drogas ou álcool, a terapia de casal só é recomendada após estes problemas terem sido resolvidos.

Quando existem graves problemas emocionais ou comportamentais (p.e., esquizofrenia, depressão), o tratamento pode ser mais difícil, mas a terapia de casal pode ser bem-sucedida se estes problemas estiverem sendo tratados; inclusive pode ser ótima como complemento do tratamento psicoterapêutico e/ou medicamentoso.

Já se o problema for resultado das dificuldades conjugais (como depressão, p.e.), a terapia de casal é indicada primeiro.

CRISES NO CASAMENTO

Uma crise no casamento acontece quando vários fatores conjuntos contribuem para que ela aconteça.

As crises mais comuns no casamento estão relacionadas à dificuldades de comunicação, ao medo de abandono ou rejeição, a problemas individuais, a expectativas diferentes quanto à relação e à visões de mundo diferentes. Muitos casais que procuram psicoterapia alegam como causa principal da crise que estão passando, entre outros:

-ciúmes,

- mudanças no modo de ver ao relacionamento e/ou a si próprio,

-traição,

-divergência na educação dos filhos e na resolução de problemas cotidianos,

-problemas sexuais

A dificuldade de impôr limites e equilibrar a relação é prato cheio para uma crise. É muito comum, por exemplo, após anos de casamento, aquela parte que sempre cedeu mais achar que não recebeu o devido reconhecimento em troca e virar a mesa, o que leva à crise. Entre os problemas individuais que levam à crises estão o alcoolismo e a violência doméstica, por exemplo.

Períodos de mudança no casamento podem levar à uma crise, se o casal não conseguir lidar com o estresse da mudança e com seus efeitos na relação. Estas mudanças demandam adaptação à nova realidade por parte do casal e geralmente estão ligadas a acontecimentos marcantes no casamento.

Veja abaixo alguns destes eventos importantes:

Início do casamento

Nascimento do primeiro filho

Educação de filhos, principalmente adolescentes

Afastamento dos filhos de casa após seu crescimento

Aposentadoria

Doença na família

Modificações no trabalho e envolvimento com o trabalho

Por quê muitos casais passam por estes períodos sem viver uma crise, e outros não? Na verdade, a resposta está na dinâmica do relacionamento entre o casal e na estrutura psicoemocional de cada um deles. Cada um destes períodos têm suas peculiaridades e o grau que eles irão afetar um casamento depende muito de cada um dos parceiros e do modo que eles interagem entre si e com as dificuldades.

O período pelo qual o casal está passando pode levar a uma crise, mas não é o único motivo para que crises no casamento aconteçam. Por exemplo, um determinado casal pode viver uma crise com o nascimento do primeiro filho, contribuindo para isso as mudanças no corpo da mulher, o ciúmes normal que o marido pode vir a sentir ao dividir a atenção da esposa, até então inteiramente sua, com o bebê, o que cada um sente sobre os novos papéis que irão desempenhar dali em diante, as expectativas quanto ao novo membro da família, e muito mais, enfim. Por outro lado, um outro casal pode viver uma grande crise por causa do ciúmes excessivo que um deles tem do outro. Aí, não necessariamente há um período específico em jogo, mas sim um modo de se relacionar e de ver o relacionamento, a si mesmo e ao outro, que dia após dia traz conflitos que culminam com a crise propriamente dita.

Para vencer uma crise o casal deve lançar mão de algumas ferramentas, sendo a mais importante a COMUNICAÇÃO.

Caso sinta dificuldades em vencer a crise sozinho ou dependendo da natureza do problema, é importante procurar ajuda de um psicólogo, seja para fazer psicoterapia de casal ou individual. Ter em vista que existe ajuda profissional apropriada é relevante, pois muitos casais vão passando por cima dos conflitos que surgem no decorrer do relacionamento sem resolvê-los em seu íntimo, então os conflitos vão se acumulando e tomando uma dimensão cada vez maior, e o casal acaba só buscando ajuda quando uma enxurrada de mágoas e acusações minou bastante a força do casamento.

FASES & CRISES

Muitas pessoas me perguntam a respeito de fases onde as crises são mais propícias no casamento. A meu ver, determinados eventos podem acontecer no decorrer da união, apesar de não poder haver uma generalização destes dados, e o fato disto desencadear uma crise depende muito de cada casal, tanto como indivíduos quanto da configuração de seu relacionamento, entre outros fatores.

Vejamos as perguntas mais comuns que me fazem a respeito destas fases e possíveis respostas:

Início do casamento. O casal fica agora frente a frente com a vida que construiu para si. O que poderia levar a uma crise nesta fase? R. No início da união existem muitas fantasias sobre como é um casamento e quando as pessoas se deparam com a realidade do dia-a-dia com o companheiro, alguém que tem tanto defeitos quanto qualidades e nem sempre se comporta como pensávamos que se comportaria, a frustração e a desilusão podem levar a uma crise.

Além disso, uma crise pode acontecer porque o casal está passando por várias mudanças ligadas ao seu novo papel de casado e isto causa um estresse que pode modificar o modo com que eles se comportavam um com o outro e se viam antes do casamento.

Cada um tem que se adaptar a morar em um lugar novo, com uma pessoa com hábitos e modos de ver o mundo diferentes dos dele, passa a ser requisitado de maneira diversa do que era antes, de acordo com o novo papel de esposo e esposa que passa a desempenhar agora, tem que se encaixar também na família do parceiro, tem que fazer em um período curto de tempo várias escolhas e resolver várias questões domésticas e burocráticas e responder a expectativas diversas. O estresse causado pelas mudanças pode levar a oscilações de humor, irritação, os pensamentos e sentimentos sobre o companheiro nem sempre são amistosos devido a isso, o que pode acabar levando a desentendimentos e conflitos, gerando assim uma crise.

Para não se deixar levar, algumas dicas são aprender a lidar com as situações de estresse e diminuir expectativas irrealistas. Dependendo do caso, psicoterapia individual pode ajudar.

Passou a surpresa do sexo. A rotina prevalece sobre a aventura, a renovação. Como lidar, especialmente se isso for um peso para um dos dois? R. Para o casal lidar com a rotina no plano sexual, primeiro ele tem que se conscientizar de que o com o passar do tempo é normal a paixão diminuir e outras preocupações da vida de casado tomarem maior tempo dos dois. Mas isto não quer dizer que o sexo precisa deixar de ser prazeroso. Com conversa e envolvimento, os parceiros podem tornar sua vida sexual mais criativa e não deixá-la cair na pasmaceira.

Três anos de casada: planos de vida podem se chocar. As coisas que vinham adiando - como ter filhos, fazer uma pós no exterior - podem se revelar um plano mais forte para um dos dois. Como sair dessa crise? R. Aqui, a questão da escolha é o ponto mais importante. Para sair desta crise, o casal deve conversar francamente, um tentar ver o lado do outro, a perspectiva do outro, e tentar procurar uma solução que, na medida do possível, satisfaça a ambos. Dependendo do plano de vida que está se chocando, esta solução pode ser um meio termo entre os dois planos, ou pode ser adiar um dos planos por mais tempo, ou um dos dois abrir mão do seu plano.

Sete anos de casada: Reavalição. Será que isso vai durar para sempre? Será que minha vida é será só isso? Enfim, uma crise com o rumo que a vida vem tomando. R. Novamente é sobre escolha que estamos falando com esta reavaliação. E reavaliar o casamento também é reavaliar o que se quer da própria vida, o que se estava procurando até aqui e o que se quer alcançar a partir de então. Ao olhar para dentro de si a pessoa pode se dar conta dos significados simbólicos dos seus desejos e do papel que estes significados desempenham na análise do seu casamento e da sua vida. Uma crise pode levar à desestruturação, mas também pode levar à transformação. Cabe a cada um reconhecer seus desejos e prioridades e eleger o modo de alcançá-los e conduzi-los, integrando o futuro ao seu presente e ao seu passado. E cabe ao casal a incumbência de aperfeiçoar sua relação e se dar a oportunidade para buscar soluções para as dificuldades e desentendimentos que vão surgindo com o passar dos anos.

TERAPIA DE CASAL PARA GAYS, LÉSBICAS E BISSEXUAIS

Essa população pode procurar psicoterapia de casal por razões comuns a muitos casais, por razões próprias aos relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo, ou por ambos. Quando um dos membros do casal é bissexual e o outro é heterossexual também pode haver divergências que os levam a buscar a terapia de casal.

Dificuldades comuns a todos casais incluem problemas de comunicação, questões relacionadas à carreira de cada um que afetam a relação, problemas sexuais, crenças diferentes sobre prioridade e exclusividade, etc.

Algumas dificuldades específicas a casais de lésbicas, gays ou bissexuais são, por exemplo, revelar-se como um casal aos conhecidos, familiares ou no trabalho, diferenças no processo individual de revelação da orientação sexual que afetem o relacionamento, questões sobre família, relacionamentos anteriores heterossexuais, ser pais, entre outras.

A estrutura das sessões de psicoterapia destes casais é a mesma utilizada com os casais hetero, estando a diferença apenas no conteúdo a ser trabalhado.

Nos casos em que questões individuais sejam mais proeminentes do que o relacionamento em si, após avaliação inicial, pode se optar por fazer psicoterapia individual ou psicoterapia individual e a terapia de casal. No último caso o psicólogo geralmente indica outro profissional para fazer um dos atendimentos.